quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ratzinger afastou a situação de pena de morte do aborto no livro "O Sal da Terra"

A Igreja, de acordo com o papa, continuará a opor-se com veemência a todas as medidas "que favoreçam, de algum modo, o aborto, a esterilização e também a contracepção". Tais medidas feririam a dignidade do ser humano como imagem de Deus e minariam o fundamento da sociedade. Trata-se, fundamentalmente, de proteger a vida. Por outro lado, por que razão a Igreja ainda não exclui a pena de morte como "direito do Estado", como se diz no Catecismo?

No que diz respeito à pena de morte, quando aplicada de direito, pune-se alguém que é culpado de crimes que se provou serem muito graves, e que também representa um perigo para a paz social; é, portanto, punido alguém que é culpado. No caso do aborto, inflige-se a pena de morte a alguém que é absolutamente inocente. São duas coisas completamente diferentes, que não se podem comparar.

(...) Julgo que abandonamos realmente o fundamento dos direitos humanos se desistirmos do princípio segundo o qual cada pessoal, como tal, está sob a proteção de Deus e, como pessoa, é subtraída à nossa arbitrariedade.

Papa pede eliminação da pena de morte

Clipping: Canção Nova Notícias, por Leonardo Meira

Após a Catequese desta quarta-feira, 30, o Papa saudou as delegações de diversos países participantes de um encontro promovido pela Comunidade de Sant'Egidio com o tema "Não há justiça sem vida".
"Desejo que o encontro possa encorajar as iniciativas políticas e legislativas promovidas por um número crescente de países para eliminar a pena de morte e para continuar os progressos substanciais realizados para configurar o direito penal tanto à dignidade humana dos encarcerados quanto a uma eficaz manutenção da ordem pública", disse o Santo Padre.

.Porém, comenta o Catecismo da Igreja Católica:

"2267. A doutrina tradicional da Igreja, desde que não haja a mínima dúvida acerca da identidade e da responsabilidade do culpado, não exclui o recurso à pena de morte, se for esta a única solução possível para defender eficazmente vidas humanas de um injusto agressor.

Contudo, se processos não sangrentos bastarem para defender e proteger do agressor a segurança das pessoas, a autoridade deve servir-se somente desses processos, porquanto correspondem melhor às condições concretas do bem comum e são mais consentâneos com a dignidade da pessoa humana.

Na verdade, nos nossos dias, devido às possibilidades de que dispõem os Estados para reprimir eficazmente o crime, tornando inofensivo quem o comete, sem com isso lhe retirar definitivamente a possibilidade de se redimir, os casos em que se torna absolutamente necessário suprimir o réu «são já muito raros, se não mesmo praticamente inexistentes» (42)"

42. João Paulo II, Enc. Evangelium vitae, 56: AAS 87 (1995) 464.

.Não podemos dar um juízo acerca da infaliabilidade da declaração do Papa, se essa opinião que ele emitiu foi como homem ou como Romano Pontífice, expressando a doutrina. Certamente vai causar discussões acerca do que seria veramente correto.

.Para que não restem dúvidas, o discurso original em inglês se encontra AQUI na íntegra.

Propaganda do PSDB relembra propaganda e relaciona ratos da corrupção com o PT

.Reitero que este blog não tem qualquer ligação com qualquer partido, embora o exemplo dado pelo PSDB esteja sim de parabéns e deve servir de modelo aos outros partidos de oposição, inclusive aos fisiológicos que mantém sua oposição ao PT nos estados, já que são vítimas da cara de pau de suas presidencias nacionais, sedentas por formações de bases eleitorais com cargos de comissão para seus cabos, lobby e qualquer tipo de safadeza que não condiz com a função pública.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Próximo tema da Parada Gay é "descriminalização do aborto"

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O ativista Tiago Duque, do Identidade - Grupo de Luta Pela Diversidade Sexual afirma em artigo para o site de fofocas Virgula que o tema se justifica como uma tentativa de minimizar a "dívida histórica com as mulheres, não somente dando maior visibilidade a uma luta anteriormente erroneamente identificada como sendo só delas".

Ele afirma: "alguém acha que isso não tem relação alguma com as experiências de sofrimento dos gays? Quem fez a defesa procurou justificar que, se a resistência em vencer a homofobia é alimentada por questões morais, o aborto também".

.Não acredita? CLIQUE AQUI!

Já para Erick Stronger o tema se justifica em "dar visibilidade às causas que estejam focadas mais na busca por direitos do que na conservadora reivindicação por respeito". Em outras palavras, o respeito é uma coisa de velhos. Ele reitera isso mais adiante: "Vocês já imaginaram se os movimentos sociais ficassem focados apenas em causas reconhecidas como moralmente respeitáveis?".

.Também inacreditável, não é? CLIQUE AQUI E VEJA!

.Ou seja, para os gayzistas do artigo, esqueça tudo o que você acredita sobre moral.

.Inclusive, sim, o sofrimento do homossexualismo, do abortista, da prostituta, todos são resultados da visão moral ocidental que não vê como parte de sua tradição. Mas se formos pensar por este argumento, porque não então vencer a questão moral da pedofilia?

.OUTRA: SERÁ PERMITIDO, ASSIM COMO MARCHAR PELA APOLOGIA ÀS DROGAS, PROTESTAR PELO HOMICÍDIO LEGALIZADO? E NA PESSOA DE CIDADÃOS QUE NÃO TEM INTERESSE DE GERAR UMA OUTRA VIDA?


TÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA

CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A VIDA

Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena - detenção, de um a três anos.

Aborto provocado por terceiro
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de três a dez anos.

Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência

Bolsonaro volta à tribuna, mais ponderado, e denuncia o projeto de um novo kit-gay

."Desconstrução da heteronormativide"... A nova sociedade anti-familiar que querem enfiar em nossas goelas.

.Graças ao amigo Cavaleiro do Templo.

Artigo: "Por que a direita brasileira não produz uma Angela Merkel ou um David Cameron?", por Cleber Benvegnú

A direita brasileira já não existe – pelo menos, não dita como tal. Quando mostra suas unhas, quem desponta é Jair Bolsonaro – um estereótipo, um maluquete.

Esse desaparecimento resulta de dois processos simultâneos: o avanço de uma dominação cultural da esquerda junto aos vetores de formação da opinião pública (sindicatos, escolas, imprensa, ONGs, partidos políticos) e a perda gradativa na batalha da comunicação. A direita - falo da direita democrática - em virtude de erros históricos, incompetência e covardia, abriu mão de defender suas próprias bandeiras.

No mundo, é diferente. Tão diferente que a direita acaba de ganhar as eleições na Espanha, assumindo-se como tal – sem tergiversações ideológicas. Ou tão diferente que, na Alemanha, Angela Merkel elegeu-se chanceler sem nunca esconder seu perfil democrata-cristão. Foi considerada a mulher mais poderosa do planeta. Ou ainda tão diferente que o jovem David Cameron (foto), do Reino Unido, vingou através de um partido conservador – que inclusive se chama Conservatives. São apenas três dentre tantos exemplos possíveis.

.Para ler o artigo completo, no blog Senso Incomum, do escritor, CLIQUE AQUI!

Estudantes parodiam globais em vídeo pró-Belo Monte

Alunos de engenharia civil e economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), defensores da construção da usina de Belo Monte no rio Xingu (PA), produziram vídeo em resposta ao projeto "Gota D'Água", que reúne atores da TV Globo numa campanha contra a instalação da hidrelétrica.

.Isso sim eu posso chamar de BRASILEIROS!

Arcebispo de Madrid: "Vejam as raízes das causas da crise econômica"

Durante a abertura de discursos da Assembléia Plenária dos Bispos, o Cardeal Rouco Varela expressou seus desejos por "sabedoria e serenidade" para o Primeiro-Ministro eleito Rajoy

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Contando que somos confrontados com uma gravíssima crise econômica, "nós precisamos intensificar nossa responsabilidade pastoral." Essas foram as palavras do Cardeal Antonio María Rouco Varela, Arcebispo de Madrid, que é também Presidente da Conferência Episcopal Espanhola, durante o seu discurso inaugural no Assembléia da mesma (que vai até o dia 25 de novembro). De qualquer maneira, de um ponto de vista é necessário aumentar os recursos econômicos para caridade para auxiliar aos que passam dificuldades, tendo também uma urgente necessidade de "olhar para as raízes que por detrás da crise econômica." "Ali se encontra a escassez de valores morais, que caminham juntamente ao Relativismo e a falta de consciência em relação a Deus e Sua Santa Lei, como consequências da ganância, corrupção política e econômica, da procura pelos interesses pessoais a todo custo, a indiferença à vida humana em razão do aborto, políticas anti-vida e novos comportamentos, a falta de proteção e decadência institucional quando falamos de casamento e família, e a exploração e deterioração da educação." Tuddo isso fará nada menos do que demonstrar "a delicadeza das realidades sociais e econômicas." Ainda em relação à preocupação do Cardeal, "a verdade é que os mais jovens são os mais afetados pelo contexto do Relativismo Moral, espiritual e o ceticismo religioso, e porque existe uma egoísta e individualista concepção do Homem em relação à vida." Mas ainda, os mais jovens devem ser "os protagonistas no seu presente e futuro." Ainda assim, "é necessário oferecer a eles os meios necessários, começando com uma educação compreensiva, assim possibilitando o seu desenvolvimento à todo o seu potencial humano."

"Nossa Assembléia Plenária," o Arcebispo observou, "coincide com uma nova era política na Espanha, após as eleições gerais do dia de ontem. Em prol de nosso ministro como pastores do povo de Deus, nos esperamos que aqueles que foram eleitos para governar em tempos tão difíceis terão sabedoria, serenidade, e um espírito de serviço quando demandarem às suas nobres e cruciais tarefas." "Como a Igreja sempre procede para aqueles que governam, nós oferecemos nosso apoio espiritual por nossas orações e pelas de todos os católicos."

Relembrando as palavras do Papa em agosto, durante a Jornada Mundial da Juventude, em que demonstrou a importância das raízes cristãs espanholas e a capacidade do país para avançar em prol do bem comum sem renunciar sua crença e espírito católicos, o Cardeal comentou: "Esse é o tipo de progresso que nós, como bispos espanhóis, juntamente ao Papa, queremos para nosso país e receber de Deus. Para esse específico fim, nós oferecemos nossa humilde colaboração." "A exemplar cooperação em todas as instancias de dar importância ao Estado, à todas as cores políticas, e com diversos setores da sociedade - não somente com a Igreja -, manifestada com o sucesso da celebração da Jornada Mundial da Juventude, deve ser considerada um modelo. Nós temos a esperança de que se repita no futuro, não somente em ocasiões especiais, mas também em nossa vida diária," ele concluiu.

Clipping: Vatican Insider – November 23, 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Artigo: "Políticos cristãos no desafio europeu", por Luca Volontè

ROMA, sexta-feira, 25 de novembro de 2011 (ZENIT.org) - A análise crítica do papa Bento XVI sobre a Europa é oportuna. Há sinais de grande preocupação com o abandono da fé e da consciência de Deus nas nossas vidas. Apesar disso, eu vejo uma grande vivacidade e uma recuperação interessante em muitos dos países que sofreram as piores consequências da mentalidade relativista.

Vamos pensar na vitalidade dos grupos cristãos e das associações espanholas, na criatividade e na convincente capacidade que eles têm de mobilizar pessoas; pensemos também nas novas iniciativas dos países escandinavos ou no gênio surgido na Inglaterra na viagem do papa.

Na minha experiência europeia, eu vejo como os países do Leste do continente vão tendo cada vez mais coragem de se pronunciar em defesa dos valores que eles possuem. A Europa precisa de homens políticos corajosos, capazes de lutar boas batalhas.

E a este respeito, eu gostaria de fazer um apelo. É necessário que os bispos dediquem mais tempo a incentivar os leigos comprometidos na política. A solidão é uma doença terrível, e as muitas exigências da política devem ser acompanhadas de apoio, de formação e de diálogo pessoal e comunitário, a fim de reforçar a ligação entre os políticos cristãos e povo cristão. Os leigos comprometidos na política muitas vezes são deixados ao deus-dará, e vistos como estranhos pelo próprio povo cristão.

Esse reforço nas relações entre políticos e o povo cristão nos beneficiará, graças aos novos procedimentos de consulta previstos nos Tratados Europeus (artigo 17 do Tratado de Lisboa). É interessante notar, num espírito construtivo, que os diferentes grupos anticristãos são muito ativos, enquanto as associações católicas não conseguem fazer render todo o seu potencial.

É preciso refletir e levar a sério as palavras de Jesus sobre a astúcia que é necessária aos filhos da luz. Os filhos das trevas são hábeis e astutos, e isto é coisa que não deve nos preocupar, porque já sabemos disso há dois mil anos! Precisamos, do meu ponto de vista, melhorar a organização, coordenação e eficácia das ações conjuntas entre as centenas de organizações locais, nacionais e europeias católicas. Temos a necessidade de alianças operacionais com outras igrejas e religiões que queiram afirmar o papel central da dignidade da vida, da família e da liberdade de educação para o futuro europeu.

Não temos que considerar garantida a vitória dos poderosos lobbies anti-cristãos nos parlamentos nacionais e nos organismos internacionais. Os primeiros a estar cientes disto são os próprios atores principais das organizações contrárias à família, à vida e à liberdade de educação. Algumas das nossas vitórias parlamentares no Conselho da Europa em Estrasburgo, inclusive, mostraram melhor os limites dos nossos adversários.

Vamos citar como exemplo a decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos em Estrasburgo sobre a exposição do crucifixo nas escolas da Itália. Em 18 de março de 2011, por grande maioria (quinze votos a dois), a corte determinou que os crucifixos nas escolas públicas da Itália não violam a Convenção Europeia de Direitos Humanos, derrubando a decisão de 3 de novembro de 2009 em que, por unanimidade, os 7 juízes tinham se pronunciado contra a exposição do crucifixo.

Outro evento animador: no dia 7 de outubro de 2010, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa derrubou uma proposta de resolução que restringiria o direito de médicos e profissionais de saúde à objeção de consciência, para facilitar o acesso ao aborto. O texto ideológico de uma deputada britânica, graças à aprovação de 89 emendas que nós tínhamos preparado, foi literalmente substituído por um novo texto, que afirma, defende e promove o direito do pessoal médico à objeção de consciência. Quanto a combater a perseguição contra os cristãos, também conseguimos vitórias significativas.

Esperamos que estes sinais positivos virem uma nova tendência. Eles indicam que a nossa presença no espaço europeu como Igreja pode dar frutos no âmbito das decisões institucionais, se soubermos sair da resignação para explorar o nosso potencial ligado à catolicidade da Igreja.

Isso nos estimula a ter mais responsabilidade pessoal, política e social. Mas é necessário que a criatividade e os carismas, a generosidade e a capacidade de tantas associações pró-família, pró-vida e pró-liberdade de educação se coordenem e colaborem com aqueles que se envolvem na política.

Naturalmente, é importante a contribuição que a CCEE pode dar para apoiar esta rede criativa. É muito significativo que a CCEE, uma organização nascida na década de setenta, tenha representado uma Europa eclesial que já estava profeticamente além do muro que dividia o continente entre leste e oeste, enquanto o mundo político não podia sequer sonhar com essa Europa além da Cortina de Ferro.

A Igreja deve poder pesar as decisões tomadas pela política e, assim, poder julgar. Uma sinergia maior entre a dimensão política e eclesial, não só responde a uma necessidade, mas também à dimensão unitária da pessoa humana.

Temos que acompanhar estas questões e fazer com que a nossa voz seja ouvida através de contatos com parlamentares e membros do governo, através da presença na mídia, de cartas para as instituições, da organização de seminários, de artigos de pessoas competentes ... As instituições são muito sensíveis à opinião pública. O que é decidido em Bruxelas ou em Estrasburgo quase sempre depende da posição que as pessoas têm nos vários países. Temos experimentado, algumas vezes, que o contato com um único parlamentar nacional já pode influenciar uma decisão.

É preciso, então, um grande chamamento à sábia mobilização em prol do crescimento do "neo-humanismo", que é tão urgente para a Europa. Os valores não negociáveis, magistralmente claros na Nota Doutrinal de 2002, devem ser a base fundamental da construção e da convocação do político cristão; um mapa rumo aos frutos da doutrina social da Igreja. É preciso educar uma nova geração de católicos na vida pública e na responsabilidade democrática da política, uma nova geração de pessoas dispostas a se comprometer com ousadia, sem medo nenhum e com uma certa dose de alegria.

*Luca Volontè é parlamentar do Conselho da Europa

Os católicos precisam desenvolver uma cultura política de verdade

Por Salvatore Cernuzio

ROMA, sexta-feira, 25 de novembro de 2011 (ZENIT.org) - Por uma nova geração de católicos na política é o título do novo livro de Luca Diotallevi, professor de Sociologia na Universidade Roma Tre e Vice-Presidente do Comitê Científico das Semanas Sociais da Igreja. O livro foi apresentado em Roma nesta quarta-feira, 23 de novembro, no Centro Ecumênico Russo.

É um livro-guia, à venda a partir de 30 de novembro, que pretende responder a perguntas sobre a atual situação política que, nesta fase de transição, são mais urgentes do que nunca.

Em primeiro lugar, o livro pergunta se “existem as condições necessárias para os católicos desenvolverem uma verdadeira cultura política". E “a resposta é positiva", disse Diotallevi durante a apresentação do livro, diante de jornalistas, cientistas políticos e professores universitários.

“Precisamos de reformas importantes, mas faltam os reformadores”, disse o autor. “A Itália está enfrentando um déficit de reformas reais. Há uma necessidade urgente de reformas para acolher não uma política dos valores, mas uma política que traduza esses valores em cultura”.

Um toque de despertar para os católicos italianos, chamados a responsabilidades específicas diante “do que eles pedem da política e do que eles dão, ou não dão, ao desenvolvimento e à ação política”.

Nas últimas décadas, de acordo com o cientista político, os católicos têm sido mais relevantes e incisivos como eleitores, e, portanto, têm estado mais do lado da demanda política do que da oferta política: “A oferta política está completamente ausente do mundo católico. A atual presença católica no parlamento é quase inútil”.

A este respeito, ele afirma: “Nós temos que reforçar a presença dos católicos nos partidos políticos, apontando para a auto-organização, para competir pelo comando deles”.

No prefácio do livro há palavras fortes de Bento XVI e de vários bispos italianos: “Eu gostaria que esta época ajudasse a criar uma nova geração de italianos e de católicos que percebam a responsabilidade perante Deus como decisiva para a ação política”. Palavras que se intensificam na grave situação que a sociedade italiana está atravessando hoje.

O livro se desenrola em três capítulos. Neles, o autor aborda alguns "problemas" que tenta solucionar, ou pelo menos encaminhar.

"Como é que os católicos deram tanto espaço ao estatismo?" é o tema analisado no primeiro capítulo, que reflete sobre algumas oportunidades que "poderiam ter sido aproveitadas, mas ainda não foram", de acordo com Diotallevi.

No segundo capítulo ele aborda o mesmo problema, mas da perspectiva inversa: “Por que não aproveitamos, e muitas vezes nem sequer reconhecemos, algumas dessas oportunidades?”. Uma questão que, apesar de inconveniente, obriga a uma reflexão sobre a relação "estranha" entre o catolicismo italiano e a Lega Nord.

Finalmente, no terceiro capítulo, o professor Diotallevi pergunta: "Além das oportunidades, há ou não há condições para uma nova temporada de compromisso político dos católicos italianos?".

Ele opta pela resposta afirmativa. "O fato de que na Itália de hoje seja necessária uma nova geração de católicos envolvidos na política não significa que ela de fato vá manifestar-se. O resultado da reflexão é que uma nova geração de católicos envolvidos na política é algo realista e possível. Essa possibilidade concreta torna este caso moralmente relevante".

O livro faz reflexões, portanto, sobre as condições políticas favoráveis ​​ que os católicos encontram na Itália de hoje, e propõe, com base na catequese do Santo Padre, de Joana D'Arc e de Thomas Moro, que eles sejam testemunhas do compromisso cristão e eclesial.

.É neste sentido que o blog Católicos na Política faz a sua missão, e recomenda que os outros católicos formem sim bases partidárias e projetos com outros católicos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

STF libera atos pró legalização de drogas

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Clipping do Jornalista Políbio Braga:

Em decisão unânime, o Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou ontem que é livre a realização de passeatas e manifestações públicas em defesa da legalização de qualquer tipo de droga. A decisão foi tomada no julgamento de uma ação proposta pela Procuradoria Geral da República.
A Corte afirmou que a Lei de Drogas não pode ser usada para criminalizar a defesa pública de legalização de drogas. Há decisões judiciais proibindo esse tipo de manifestação sob o argumento de que seria uma forma de apologia ao uso de substâncias entorpecentes.

.Perigo mesmo são essas concessões televisivas católicas! Não acham?

.Ou seja, em uma mesma década o STF aprovou a união homoafetiva (gritantemente inconstitucional e qualquer hermeneutica literal e auto-explicativa da Constituição Federal), a pesquisa por células tronco embrionárias (mesmo em embriões potenciais a um imediato estágio de nidação), a soltura do bandido Battisti (que seria de competência do Presidente da República), já afirmou na pessoa do Ministro Luiz Fux que certo seria entrar na casa das pessoas e tirar as armas de fogo à força e agora libera atos como este, que não fazem somente apologia, praticamente vão contra o direito tipificado para impor um novo costume. E estão conseguindo!

.Uma só afirmação: há cinco anos o julgamento do mensalão começou. Onde está a mesma energia em colocar os petralhas e envolvidos na cadeia?

Quase 800 já assinaram o abaixo-assinado contra o MPF em prol das TVs Canção Nova e Aparecida. ASSINE JÁ!

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.Amigos, vamos reiterar, PRECISAMOS DE FORÇA MÁXIMA CONTRA A PESSOA DO PROCURADOR DA REPÚBLICA, O SR. ADJAME ALEXANDRE GONÇALVES OLIVEIRA, que em sua pessoa afronta uma obra de mais de 30 anos de existência.

.Para que também fique claro, é desconhecido para nós do blog o autor de tal petição, para que fique claro que esse blog, muito mais do que procurar fama e poder (como muitos católicos o fazem na política) tem uma intenção meramente apostólica com tal ação. É pela imporância de uma mobilização que iremos continuar insistindo em nossos posts com a assinatura do abaixo-assinado, até que chegue algo em torno de 3 mil assinaturas.

.Então. Não assinou?

.CLIQUE AQUI PARA ASSINAR!

PT e Dilma são o pai e a mãe das mentiras e da corrupção, por Dom Luiz Bergonzini

No dia 22 de outubro de 2010, escrevemos que "O PT é o Partido da Mentira e da Morte" . Escrevemos isso porque o PT mentiu no TSE para obter a apreensão dos documentos, apelidados pejorativamente de “panfletos”, que são legítimos, legais e verdadeiros, e porque o PT defende o assassinato de crianças inocentes, no útero de suas mães, através da a liberação do aborto.

Como fizemos em 2006 e 2008, antes das eleições presidenciais de 2010, escrevemos um documento denominado "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", publicado em 01.07.2010, para orientar o voto dos fiéis de Guarulhos contra os candidatos contrários aos princípios cristãos, entre eles a candidata à presidência Dilma Rousseff, favorável à liberação do aborto.

Posteriormente, a seção regional de São Paulo da CNBB, denominada CNBB-Regional Sul-1, que representa e compreende as 41 Dioceses do estado de São Paulo, produziu o documento denominado "Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras", assinado por três Bispos, no qual orientou o voto contra os candidatos partidários da liberação do aborto. A CNBB-Regional Sul-1 liberou a impressão do documento para todas as Dioceses, pastorais e organizações que defendem os princípios cristãos, para que o distribuíssem a quem quisessem.

A candidata Dilma Rousseff e seu grupo político pediram, ao Tribunal Superior Eleitoral, a apreensão dos documentos – “panfletos” - impressos, que ainda estavam na gráfica, sob duas alegações mentirosas: que o documento era falso e que havia crime contra o PT e contra a candidata Dilma, porque o documento dizia que o PT sempre defendeu a liberação do aborto.

A propagação contínua da mentira pelo PT e seus aliados nas eleições de 2010 - os partidos comunistas seguem a máxima do líder propagandista de Hitler, Joseph Goebbels, segundo a qual "uma mentira dita cem vezes torna-se verdade", foi tão forte que até utilizou o Bispo de Jales, Dom Demétrio Valentini, para conceder entrevista a jornal de Guarulhos e dizer que nós tínhamos cometido "crime eleitoral".

Provamos, no TSE, que o documento assinado pelos três Bispos é verdadeiro e provamos que o PT e a candidata Dilma defendem, sim, a liberação do aborto. E o Ministério Público Federal garantiu que não praticamos crime eleitoral e pediu a devolução do material para a Diocese de Guarulhos. O TSE mandou a Polícia Federal devolver o material apreendido. A documentação está todinha em nosso blog, www.domluizbergonzini.com.br. A Igreja Católica tem o direito legítimo de defender o Evangelho e seus princípios, em qualquer época.

Naquele momento e de repente, a candidata Dilma Rousseff, para enganar os católicos e cristãos, se declarou "devota" de Nossa Senhora Aparecida e até foi ao Santuário da Padroeira do Brasil. Se católica ou cristã fosse, ela deveria ter promovido uma missa antes de sua posse como presidente. Quem é católico, não precisa se envergonhar de sê-lo.

Se devota de Nossa Senhora Aparecida fosse, teria, como todos os devotos têm, uma imagem da Mãe de Jesus Cristo em seu gabinete de trabalho. Em vez disso, no seu primeiro dia de trabalho, ela mandou retirar Jesus Cristo Crucificado e a Bíblia do seu gabinete.

Aguardamos, ansiosamente, que ela comparecesse em Aparecida, no dia 12 de outubro de 2011, para demonstrar sua devoção a Nossa Senhora Aparecida e mostrar para todos os brasileiros e para o mundo que ela não havia enganado os cristãos brasileiros para obter votos em 2010. E que, pelo menos, confessasse e comungasse. Porém, nada disso aconteceu.

O povo brasileiro está enredado por mentiras. Já vimos acima o caso da apreensão ilegal dos documentos da Igreja, nas eleições de 2010. No caso das mortes maternas dizem, mentirosa e preconceituosamente, que as mulheres morrem por serem negras ou pobres; na verdade elas morrem pela precariedade do SUS e do sistema de saúde que lhes é oferecido (Brasil recebe condenação inédita da ONU por morte materna).

A mentira gera ou tenta esconder a corrupção e interesses escusos. Lula apresentou Dilma como "gerentona" do governo, que sabia de tudo e conhecia todos os ministros. Nunca antes na história deste país houve tantos ministros, nomeados pelo presidente da república, afastados por denúncias de corrupção (AQUI).

O povo brasileiro está tentando lutar contra as mentiras e a corrupção. Os brasileiros somente conseguirão combatê-las se começarem, como digo sempre, a “dar nomes aos bois”, ou dar os nomes dos pais e da mães das mentiras e da corrupção.

Lembram-se como antigamente davam nomes aos bois ? Era assim: Fora Ditadura, Fora Collor, Fora FHC, e tantos outros “foras”. Agora, os brasileiros precisam fazer o mesmo. No caso do governo federal, os nomes do pai e da mãe das mentiras e da corrupção, ou maracutaias, como diziam antigamente, ou malfeitos, como dizem agora, são o PT e Dilma. No caso dos governos estaduais, os nomes são os dos governadores. E no caso dos governos municipais, os nomes são os dos prefeitos.

As pessoas estão com medo de dar os nomes dos responsáveis. Não tenham medo de dizer: Fora PT, Fora Dilma, Fora (Fulano de Tal), seja governador, prefeito, deputado, vereador, enfim, fora todos os que consomem até 69 bilhões de reais em atos de corrupção, sugados dos impostos pagos com muito sacrifício pelos brasileiros. Fora os que querem afastar o povo dos princípios morais cristãos e mantê-lo sem educação, sem segurança e, principalmente, sem atendimento de saúde suficiente para garantir uma vida digna para cada brasileiro – a vida é uma dádiva divina-, desde o momento da fecundação até a morte natural na velhice.

"NÃO LEVANTARÁS FALSO TESTEMUNHO CONTRA TEU PRÓXIMO".(Ex 20,16) é o mandamento. Levantar falso testemunho é mentir, como mentiram na época das eleições e continuam mentindo.

Chega de mentiras! Chega de corrupção!
Não tenham medo! Vamos, juntos, restaurar os princípios morais cristãos e Mudar o Brasil.

22.11.2011
Dom Luiz Bergonzini
Bispo Diocesano de Guarulhos

.Quisera todos os pastores tivessem a coragem que tem Dom Luiz Bergonzini!


Belo Monte e os globais (parte IV). É o maior Festival de Besteiras jamais ditas num vídeo.

Clipping do Blog do Reinaldo Azevedo:

Todos vocês conhecem o vídeo — uma cópia esfarrapada e apenas mais ou menos assumida de uma campanha surgida nos EUA em defesa do voto (já chego lá) — em que alguns atores globais falam sobre a Usina de Belo Monte e tentam convencer o público de que ela é uma desnecessidade. Fosse eu outro, embarcaria na onda. Poderia pensar: “Como o governo não vai mesmo voltar atrás, esses artistas acabam colaborando para dar uma queimada nos petistas; não gosto deles. Tudo o que é contra o PT me serve!” Mas eu não entro nessa, não! Quando gosto, digo “sim”; quando não gosto, digo “não”. NEM TUDO O QUE NÃO É PT ME SERVE. Há obscurantismos maiores e potencialmente mais perversos no Brasil. A nossa sorte é que não são ainda tão articulados. E o “marinismo” — sim, derivado de Marina Silva! — é um deles.
Nunca antes na história destepaiz tantas bobagens, mentiras, parvoíces, sandices e vigarices intelectuais foram articuladas em meros cinco minutos! É uma coisa espantosa! É claro que todos aqueles “bacanas” estavam ali exercendo o seu ofício, por mais “engajados” que estejam. Falavam um texto sei lá escrito por quem. A direção é de Marcos Prado, produtor de Tropa de Elite e integrante de um tal movimento “Gota d’Água”, que responde pelo trabalho. Um dos líderes é um ator chamado Sérgio Marone, que também atua. Não sei quem é nem fui atrás de saber. Segue o vídeo. Volto depois.

.CLIQUE AQUI para ler o artigo completo

Mais de 400 pessoas já assinaram o abaixo-assinado contra o MPF que deseja retirar as concessões das TVs Canção Nova e Aparecida

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.Precisamos da força máxima contra o totalitarismo petista que tenta intimidar os católicos!

.Chame seus amigos, e assine o abaixo-assinado, e mostre para o sr. Adjame Alexandre Gonçalves Oliveira que de advogado do povo ele não tem NADA!

.CLIQUE AQUI PARA ASSINAR!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pastorais da Juventude gaúchas serão homenageadas por deputado do PT


Após a expulsão de Edinho Silva, o PT inicia a temporada de caça à Canção Nova

Clipping Folha.com:

O Ministério Público Federal em Guaratinguetá (SP) entrou com duas ações civis públicas pedindo a anulação das concessões das TVs Canção Nova e Aparecida, realizadas em 1997 e 2001, respectivamente.

Para a Procuradoria, as concessões outorgadas pelo Ministério das Comunicações à Fundação Nossa Senhora de Aparecida, mantenedora da TV Aparecida (canal 59-E), e à Fundação João Paulo 2º, mantenedora da Canção Nova (canal 35-E), ocorreram "sem a observância de processo de licitação obrigatório para concessão de serviço público", previsto pela Constituição de 1988.

As emissoras transmitem nacionalmente programação evangelizadora de diferentes correntes da Igreja Católica e seus sinais estão disponíveis para antena parabólica e nos sinais das TVs abertas que integram a programação da maioria das operadoras de TV a cabo.

Para o procurador da República Adjame Alexandre Gonçalves Oliveira, somente a licitação dos canais educativos permitiria à administração pública selecionar a entidade mais capacitada tecnicamente e que apresente o melhor projeto educacional.

Gonçalves afirma que o pedido de cassação das concessões não tem nenhum vínculo com o tipo de conteúdo transmitido pelas emissoras, "mas com o fato de terem sido outorgadas sem licitação, o que põe em xeque a utilização democrática e transparente desse meio de comunicação, que é eminentemente público".

Segundo as ações, a ausência de licitação anula todos os atos posteriores, principalmente, o contrato de concessão firmado entre a União e a entidade interessada.

A TV Canção Nova tem sede em Cachoeira Paulista (SP) e a TV Aparecida, em Aparecida (SP).

O Ministério das Comunicações afirmou que até julho deste ano a concessão de licenças para TVs educativas não dependia de licitação. As duas emissoras foram classificadas como educativas.

A TV Cancão Nova afirma que não foi notificada da decisão e que o processo de concessão foi legal. "A divergência fundada na obrigatoriedade de licitação em sede de concessão de geradora de TV educativa, frise-se, não é nova. Ao contrário, já pende de julgamento na Justiça Federal outra demanda correlata em face desta entidade e todas as outras que possuem canal de geração educativo no Brasil", diz nota da emissora.

"Reiteramos nossa confiança no estado democrático de Direito, no Poder Judiciário e nosso respeito pela atuação do Ministério Público Federal", completa.

A TV Aparecida foi procuradora para comentar o assunto, mas não respondeu.

.Seria muito acaso ambas televisões católicas começarem a ser atacados em um momento tão ímpar como este. Boatos de que o PT pressionava a Canção Nova com o cancelamento sempre aconteciam durante as eleições de 2010, mas até este momento, jamais haviam sido comprovadas.

.Observe leitor: as concessões da Canção Nova e Aparecida aconteceram em 1999 e 2001, e somente agora um procurador levanta o dedo para denunciar uma ilegalidade administrativa, após 12 e 10 anos, respectivamente. E a maior surpresa: APÓS A EXPULSÃO DE CHALITA E EDINHO SILVA, PRESIDENTE DO PT DE SP DA GRADE DE PROGRAMAÇÃO!

.Ademais: vejam o comentário de Daniel Castro, do R7, portal da Record em relação ao caso:

"(...)o procurador pede a cassação da Canção Nova e da TV Aparecida porque elas foram outorgadas com fundamento nesses decretos, portanto, “sem a observância de processo de licitação obrigatório para concessão de serviço público”, previsto pela Constituição de 1988.

O raciocínio vale para dezenas de canais educativos distribuídos após 1988 _e não apenas para as duas emissoras religiosas. Se valer esse princípio, todos os canais educativos abertos após 1988 deveriam ser cassados, sejam eles católicos, evangélicos ou verdadeiramente educativos[grifo nosso].

Oliveira, contudo, pediu a anulação apenas das duas emissoras católicas porque sua área de atuação é a de Guaratinguetá, no interior de São Paulo[grifo nosso]. E as concessões da Canção Nova e TV Aparecida são de municípios sob sua jurisdição, respectivamente Cachoeira Paulista e Aparecida[grifo nosso]."

.Vale lembrar do promotor de justiça Amilcar Macedo de Canoas/RS[grifo nosso] que em 2010 prejudicou a eleição de Yeda Crusius promovendo a chamada Operação Arapongagem dentro do Palácio Piratini[grifo nosso], dando forças à campanha de Tarso Genro e prejudicando a eleição da ex-governadora.

.A ação de Amilcar Macedo sequer foi aceita em Canoas. Após novamente oferecer a ação pública, essa teve a competência declinada para Porto Alegre, pois Macedo era incompetente para promover a investigação e Canoas era relativamente incompetente para julgar o caso.

.Hoje Amilcar Macedo responde processo administrativo junto à Corregedoria do MInistério Público Estadual do RS.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Charge: a defenestração de Edinho Silva

Os mártires do comunismo são proclamados santos pela Igreja Ortodoxa Russa.


A Igreja Ortodoxa Russa proclamou santos a mais de 1500 mártires

Por Antonio Gaspari

MILÃO, sábado, 19 de novembro, 2011 (ZENIT.org) - "Os mais de 1500 mártires e confessores elevados aos altares da Igreja Russa são apenas uma migalha do exército de santos ortodoxos que têm permitido o triunfo histórico espiritual da Igreja no meio das perseguições comunistas sem precedentes, por crueldade e sacrilégio".

O afirmou Georgij Mitrofanov professor de história na Academia Teológica Ortodoxa de Petersburgo, falando no congresso internacional realizado pela Fundação Russa Cristã, intitulado "Crises do humano e desejo de felicidade. O que a Igreja hoje há de dizer? ".

No congresso realizado em Milão e Seriate (BG), do 28 ao 30 de outubro 2011 Georgij Mitrofanov, autor do livro "A Rússia e o Século XX", publicado pela editora Agat de Petersburg narrou sobre a perseguição do regime comunista contra a Igreja Ortodoxa.

O professor russo que é também sacerdote ortodoxo explicou que de 1918 a 1921, o regime bolchevique, com vista à eliminação física da Igreja e dos seus membros ativos, geralmente não buscava envolver o clero nas ações nas ações anti-religiosas e nos seus órgãos repressivos ou de propaganda.

As perseguições deste primeiro período quase não deixaram rastro nas fontes escritas, porque naqueles anos praticamente não se fazia nenhuma investigação, e os únicos testemunhos escritos sobre as repressões são os mandados de prisão (aqueles que foram conservados), e acima de tudo as sentenças de fuzilamento.

Com relação aos períodos posteriores e mais intensos  das repressões, de 1922 a 1923, de 1928 a 1934 e de 1937 a 1941, a Comissão sinodal da Igreja Ortodoxa Russa tem à sua disposição uma grande quantidade de fontes escritas, que permitem precisar nos detalhes as circunstâncias da morte de milhares de vítimas do terror seja entre o clero que entre os leigos comprometidos.

Isso porque os órgãos de investigação da polícia secreta "GPU" ou "NKVD", gravavam detalhadamente o desempenho de cada atividade operacional até à emissão da sentença.

Segundo o professor Mitrofanov, "Se compararmos as perseguições sofridas pela Igreja Ortodoxa Russa no período soviético com aquelas dos cristãos dos primeiros séculos, as primeiras não só são maiores, mas também mais cruéis e refinadas nos métodos”.

"No entanto - acrescentou - não seria justificado considerar todas as vítimas daquele período, leigos e também os sacerdotes, como mártires pelo simples fato de terem morrido durante as perseguições anti-religiosas."

O professor russo explicou que os sacerdotes e leigos presos nos anos 20 e 30 eram geralmente acusados ​​de crimes políticos, e era muito raro que durante o inquérito fosse exigido deles negar a Cristo ou o seu próprio ministério sacerdotal.

O principal objetivo dos investigadores era o de forçar suas próprias vítimas, também com torturas físicas e morais ferozes, a reconhecer-se culpadas das acusações recebidas, envolvendo ao mesmo tempo tantas pessoas quanto possível como cúmplices.

Para o prof. Mitrofanov, "o primeiro dever moral ante Cristo neste período de perseguição não era tanto a capacidade do cristão preso de professar a Cristo por palavras durante a investigação, mas a capacidade de resistir, sob tortura, e não reconhecer os falsos crimes dos quais eram acusados e nem a cumplicidade de pessoas inocentes".

E é precisamente baseando-se neste critério que a Comissão sinodal para as canonizações considerou possível apresentar como material alguns documentos que diziam respeito a sacerdotes e leigos mortos e perseguidos.

A conclusão o professor Mitrofanov sublinhou: "Se o povo russo, que sofreu incalculáveis perdas humanas e histórica cultural no caminho que o levou a superar a pretensão de construir o paraíso na terra, revelou diante de todo o mundo o caráter utópístico e estéril do comunismo, a Igreja ortodoxa russa, que opôs aos perseguidores do cristianismo, a multidão dos seus novos mártires e confessores, mostrou ao mundo a invencibilidade da Igreja na sua luta espiritual com uma das concepções mais terríveis da história da humanidade".

[Tradução TS]

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Belo Monte e os globais (Parte III), versão argumentada nos detalhes

O problema de falar sobre Belo Monte — pior ainda, falar contra Belo Monte — é que você será imediatamente visto como aliado de gente esquisita, como artistas globais que mal sabem do que falam (mas falam assim mesmo, pois pertencem à casta dos bem pensantes e por isso gozam de plena imunidade intelectual) e ambientalistas lunáticos que não hesitariam em dizimar a humanidade para proteger minhocuçus, aranhas, tatus e macacos-prego.

É claro que eu não acharia nada ruim em ser visto ao lado de Juliana Paes, Letícia Sabatella e Maitê Proença (senti falta da Christiane Torloni). Porém, uma coisa é estar acompanhado delas; outra, bem distinta, é ser confundido com alguém que pensa da mesma maneira que elas. E é esta tragédia que quero evitar aqui.

.Para ver completo o excelente artigo de Leandro Roque, do Instituto Lugwig von Mises Brasil, CLIQUE AQUI!

Essa é a verdadeira Canção Nova...



.A foto dispensa comentários.

Canção Nova exclui Chalita e Edinho do PT da programação

Clipping da Folha.com:

"A rede Canção Nova, emissora de rádio e TV ligada ao movimento católico Renovação Carismática, resolveu tirar do ar os programas comandados pelos deputados federais Gabriel Chalita (PMDB-SP) e Eros Biondini (PTB-MG), pelos estaduais Edinho Silva (PT-SP), Paulo Barbosa (PSDB-SP) e Myriam Rios (PDT-RJ), e pela primeira-dama paulista, Lu Alckmin, informa o "Painel", editado por Renata Lo Prete e publicado na Folha desta segunda-feira.

Embora a decisão tenha sido tomada no atacado, o elemento precipitador foram as reações negativas de fiéis e lideranças da igreja à recente incorporação de Edinho, presidente do diretório estadual petista, ao quadro de apresentadores da Canção Nova.

Conexões "Justiça e Paz", o programa de Edinho, estreou em 3 de novembro tendo como convidado Gilberto Carvalho. Principal mentor político do deputado petista, o secretário-geral da Presidência foi também articulador da aproximação entre a campanha de Dilma Rousseff e a Canção Nova no segundo turno da eleição presidencial. Até então, a candidata vinha sendo duramente combatida por religiosos da Renovação Carismática."

.É uma notícia excelente principalmente que Chalita e Edinho, que tanto colaboraram com o PT tenham perdido o seu programa na Canção Nova. Nada mais justo e mais correto. Parabéns e viva a obra de Deus que é a Canção Nova!

.Porém, não podemos nos enganar: a política tem que ser ocupada por católicos! Não digo pessoas como Chalita, nem como Edinho, e não teria a formação para julgar os outros, mas, neste sentido, "dai a Deus o que é de Deus, e a César o que é de César", ou seja, deixemos a religião sendo religião, sem intervenção da política, mas não deixemos que a política se torne um objeto de desinteresse em face dos religiosos.

.O filósofo Charles Taylor enfatiza no livro "Uma Era Secular" que o mundo mudou em face das religiões. A moral cristã antes fazia parte do cotidiano das pessoas, não precisava ser asseverada em momento algum, porque querer estar em comunhão com Deus era algo normal (ao contrário da era deísta e do momento secular presente). Porém, com o surgimento do Estado moderno, e sendo ele também detentor de discernimento moral (além de legislador), hoje é muito difícil nos vermos representados por homens que defendam a vida e o bem comum. Não falo que precisamos só de católicos na política, mas cristãos e laicos que saibam defender esses princípios, respeitando a liberdade religiosa ecumênica, a dignidade da pessoa humana e a moral ocidental fundada no cristianismo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A mulher de ontem e a de hoje. O mundo de ontem e o de hoje.


Aproveitando um pouco do afã que ainda estamos devido o dia 15 de novembro temos algumas considerações, principalmente referentes à mulher e que considero que devem ser repensadas, especialmente por elas.

Temos um pequeno grande problema: todas as vezes que falamos sobre o tema mulher, os ânimos ficam aflorados, os dedos em riste e os cabelos em pé. Digo isso, inclusive com relação às mulheres que consideramos católicas, conservadoras e coerentes. Óbvio que não refiro a todas porque não conheço todas, mas a maioria esmagadora sim!

Vamos começar com um período anterior à República, aliás, vamos começar com um período anterior ao império brasileiro e até ao português. Vamos nos remeter ao paganismo anterior e contemporâneo a Cristo. Nesse período a mulher era considerada coisa e meio de procriação sem outra função social qualquer que fosse. Era considerada inferior com algumas exceções, mas estava no meio pagão um pouco acima dos escravos. Não havia fidelidade conjugal e nem ideia do que poderia ser isso. Os senhores copulavam com suas escravas na frente das esposas e promoviam orgias sem fim. Havia uma venda do corpo feminino de forma aviltante e inescrupulosa, isso pelo simples fato de que não tinham a mínima consciência do valor do corpo e do motivo de não se ver o outro como coisa.

Havia, sim, uma pequena nação que valorizava e entendia a fidelidade conjugal de ambos os cônjuges como divina e necessária para uma boa formação individual e social. Vários outros grupos de nações tinham, com certeza, a fidelidade conjugal com regra, mas a maioria absoluta tinha essa fidelidade como exigência apenas por um lado, o feminino. Ao homem tudo era possível!

Bom, voltando àquele pequeno grupo, temos que eles começaram a crescer aos olhos de muitos devido justamente a sua teia social que o mantinha. Enquanto isso o paganismo se alastrava como deve sempre acontecer, afinal o homem e a mulher sempre preferem o prazer individual ao sofrimento de frear seus impulsos.

Aquele pequeno grupo acabou por dar ao mundo um homem que dividiu as eras em antes e depois Dele. Bom, essa história já é conhecida da maioria e não vamos nos ater a ela. Lembre-se que ser conhecida é uma coisa, entender é outra, mas vamos pra frente!

Passado o tempo, o catolicismo, fundado por aquele homem de que falamos lá atrás começou a estabelecer as regras e é ai que a situação da mulher e do escravo mudam.

A partir do momento em que a Igreja toma conta da vida social, que estava simplesmente um caos, sem regras, moral ou sistemática estatal, a coisa começa a mudar. Na visão de alguns historiadores esquerdopatas a Igreja oprimiu o mundo nesse período que foi caluniosamente chamado de Idade Média.

Nos primeiros 500 anos do primeiro milênio as orgias continuaram, a mulher continuava a ser vista como coisa e objeto de prazer e era vendida facilmente por qualquer coisa que pudesse render ou não. Qualquer semelhança não é mera coincidência.

Mas onde estávamos mesmo? Ah sim, na Igreja oprimindo o mundo! Pois bem, ela oprimiu o mundo com a organização da política, com a formação de leis e com o ensino da população para que seguissem essas leis (desde que não se chocassem com as leis de Deus, nada mais justo). Criou escolas às milhares, formou bibliotecas, criou as faculdades, manteve o acervo literário e cultural da antiguidade, já que sem a Igreja nem conheceríamos Aristóteles, Platão e a grande maioria dos filósofos gregos. Estimulou as ciências dentro das faculdades, criou a economia moderna, criou o que se chama hoje de sistema financeiro e bancos. Inventou um novo sistema penal que trazia uma amplitude de direitos aos acusados, inclusive o inédito direito de ser ouvido, olha que absurdo! Inventou os presídios com o mínimo de direitos humanos, inventou os hospitais e fez florescer o próprio conceito de direitos humanos.

Mas o mais importante de tudo ficou pra trás na cabeça de nossos historiadores e feministas que não informam todas essas opressões da Igreja Católica. Foi ela que acabou com a ideia de escravidão!

“Mas que absurdo dizer isso”, diria uns. Pense comigo então, ó sábio vestibulando ou universitário que invade reitorias: A escravidão era a regra antes do catolicismo tomar conta. Era o tempo do paganismo na antiguidade. Na época da chamada Idade Média, não haviam escravos, haviam servos. A diferença, ó sapiência secundarista, é que o escravo era coisa, seu senhor tinha direito inclusive sobre sua vida. O servo era aquele que se colocava a disposição voluntariamente para trabalhar. Ninguém tinha direito sobre sua vida e ele não era conquistado. Mas vamos seguir com o raciocínio. Na Idade Média, quando as pessoas viviam, grande parte delas pelo menos, sob a égide do catolicismo, a mulher não era vista como objeto, mas como mãe, como formadora de consciências e professora. Um horror para as feministas de hoje em dia.

A mulher, querendo ou não, forma um nação, quando elas seguem esse feminismo escandaloso que hoje reina, não formam nem suas próprias consciências. Querem me dizer que hoje a mulher é mais valorizada?

Bom, seguindo, temos que houve o renascimento. Renascimento de que? Os inimigos da Igreja Católica são tão sem criatividade que quiseram fazer uma analogia com a ressurreição de Cristo e apenas procuraram um sinônimo mais próximo. Chegaram à conclusão que renascimento era bom. Mas o que devia renascer? Cristo é que não era, pois eles o negavam e negam até hoje. O renascimento que tanto pregam como se fosse a salvação do mundo nas escolas, foi nada menos que o renascimento do paganismo. O paganismo renascia depois de ter sido sepultado pela Igreja na Idade Média. Com o nome quiseram dar ao renascimento a mesma importância da Ressurreição de Cristo.

Pois bem, com o Renascimento do paganismo ressurge, também, a escravidão. Era óbvio! Só existe escravidão antes e depois da Idade Média, durante ela não se houve falar de escravos.

Junto com o Renascimento voltam também o culto ao corpo, e ai as roupas passam a ser mais vistosas e feitas para delinear esse corpo, especialmente o feminino, para que seja mais sensual. A venda do corpo feminino volta com toda a força e as mulheres acham isso uma beleza. Consideram que estão sendo mais valorizadas porque estão sendo mais desejadas pelos homens. São vários erros em um só pensamento: primeiro porque não estão sendo mais valorizadas porque são mais desejadas, são mais desejadas porque se mostram mais e vendem seu corpo, mesmo que só a imagem dele. O homem não está valorizando ninguém, mas apenas está querendo mais prazer. Segundo porque a mulher se pauta pela vontade do homem e não dela mesma. Isso é liberdade onde? Isso é valorização de que forma? Terceiro porque o que é valorizado é o corpo e não o que a pessoa é ou pode fazer. Enfim, vira uma coisa, um objeto de prazer que se usa e joga fora. Assim é até hoje e cada dia fica pior.

Voltando ao império brasileiro, ele era descendente de uma família com tradição religiosa o que gerou pessoas com um mínimo de escrúpulos a culminar com a Princesa Isabel, que foi quem aboliu a escravidão no país e não tem um arranhão em sua vida pública, a não ser o erro de ser uma princesa. Erro na visão dos republicanos.

A última mulher a estar a frente do império era tão íntegra em suas atitudes e transparente e suas palavras e atos, que está com processo de beatificação correndo no Vaticano. Por outro lado, temos agora, na presidência da República, a primeira mulher. Acho que teremos mesmo que falar dela. Uma terrorista, que matou algumas pessoas, seqüestrou outras, assaltou bancos, falsificou documentos e sequer tem o nome que assumiu como seu para tomar posse da presidência.

A mulher de um século pra cá passou a ser a mulher das propagandas de cerveja, a mulher das propagandas de carro e tudo o mais que for vendável. A mulher passa a figurar nua em qualquer coisa. Essa é a mulher livre que temos hoje!

A mulher atual está tão atarefada para seus compromissos profissionais que esquece-se que nasceu para ser mãe, nasceu para gerar a vida e que precisa dar prioridade para isso. Ninguém quer que a mulher seja uma pessoa que aceita tudo, oprimida e submissa, que vive grávida. Alguém falou isso aqui? Então não coloquem palavras em minha boca! Apenas estou dizendo que a prioridade é a família e não a carreira profissional. A mulher não quer ter filhos porque é escrava de uma moda que define o tipo de corpo que precisa ter. Se tiver filhos esse corpo sai do padrão de moda a qual é escrava. Isso é liberdade? Onde?

A mulher é escrava de um pensamento de liberdade sem sal que apenas a afasta de homens e filhos. Homens não são mais capazes de pensar em mulheres como um ser humano, mas apenas como objeto de seu prazer. E não passa disso também, “pensar”. As máquinas sexuais que são vendidas na TV não estão ao alcance dos homens normais, o que eles podem fazer é imaginar que conseguem ter essas máquinas sexuais e provocam o prazer em si mesmos, nada mais que isso. Afinal, a miudeza que os homens se vêem perante essas monstruosidades de beleza photoshopadas é algo inatingível nas brochas calças sociais que temos que usar para ganhar mais e mais dinheiro, a fim de entregar mais e mais ao Estado ou a prazeres individuais, que fazem do homem e da mulher seres cada vez mais escravos e dependentes do alucinógeno que se tornou o prazer sexual. Esse alucinógeno faz do homem e da mulher, especialmente da mulher, nada amais que um pedaço de carne a ser vendida em qualquer esquina ou outdoor.

Se você chegou a ler até aqui, de duas uma: ou concorda com o que eu digo ou está esperando os contatos para me esculhambar. Nesse último caso, aos que me cobrarem referências do que foi aqui escrito, afirmo que se trata de uma crônica, sendo assim, se quiserem colocar a prova o que escrevi que procurem os dados. Só afirmou que eles existe. Quem sabe é uma forma de aprenderem um pouco mais com muita gente boa que tem por ai?!

Por outro lado, minha conclusão é que uma sociedade que demoniza o cigarro, mas pede a legalização da maconha, não pode estar normal. Uma sociedade que incentiva o sexo livre com preservativos, mas não consegue controlar os exorbitantes níveis de DST’s, só pode estar fora do controle. Uma sociedade que incentiva a venda do sexo como algo comum, mas que não consegue conter os psicóticos sexuais que surgem de um pensamento desses, não pode dizer que o louco aqui sou eu.


FONTE Blog do Emanuel Jr.: http://is.gd/r13z4j

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Belo Monte e os globais

.Duas coisas: eu concordo que a obra seja mal conduzida em relação às licitações e quanto ao mau aproveitamento de energia que será, mas já foi afirmado que ela não vai tomar grande parte das reservas e NADA das áreas indígenas, isso é mentira das ONGs européias que querem transformar aquilo num santuário para que o Brasil não se desenvolva.

.Segundo, a obra vai ser a maior barragem da América Latina, o que vai possibilitar que a região norte finalmente se desenvolva economicamente e produza alimentos, já que ela está com 20 anos de atraso em relação a sul/sudeste.

.Outra: energia eólica na Floresta Amazônica? Com que vento? Pra gerar a quantidade de energia que Belo Monte vai gerar, ainda que ela seja pouca, seria no mínimo 10 VEZES mais caro... E energia solar? Pra que, pra ligar uma geladeira em um painel enorme e caríssimo?

.O pessoal da Globo não pensa, fala o que uma ONG fala pra eles falarem e todo mundo acha maravilhoso... Sabe quem eles realmente estão atentando contra? Contra a população dos índios BRASILEIROS que ainda vivem como índios, porque o desenvolvimento ainda não chegou lá, e a população em geral do Estado do Amazonas que perde com a criação de empregos e o desenvolvimento de uma região.

.Que a natureza seja conservada, mas que ela não torne o homem escravo e sim seja meio para que ele se desenvolva. Conservar por conservar é um pensamento retrógrado e vazio.

.Seja mais esperto, ninguém vai jogar a verdade no seu colo.

.Vale a pena também ler o artigo de Reinaldo Azevedo que trata desse problema de intervenção externa que o Brasil sofre quando contraria aos interesses estrangeiros. CLIQUE AQUI.

Sobre o assunto:

Belo Monte: AGU descarrega artilharia pesada

AGU comprova legaliadde na construção da Usina de Belo Monte

AGU comprova que Belo Monte não será instalada em terras indígenas (essa é para fechar, em homenagem aos globais)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Artigo acadêmico: "Motivos pelos quais um católico não pode votar no PT!" Por Rafael Vitola Brodbeck


Libelo silogístico contra a participação de católicos no Partido dos Trabalhadores e, por analogia, em outras instituições de esquerda
ou
Motivos pelos quais um católico não pode votar no PT!
Dr. Rafael Vitola Brodbeck


Exposição de Motivos
- Considerando a gravíssima ignorância que reina em nosso país quanto às ideologias totalitárias e anticristãs e o que elas propõem como modelo nos terrenos da economia, da política, da história, do direito, da moral e do comportamento;
- Considerando que as organizações de esquerda, em decorrência de estarmos em uma etapa avançada do processo revolucionário, hoje se apresentam com uma capa de democracia, mudaram pontos acidentais em seu discurso e, assim aparentemente domesticadas, atraem a simpatia dos incautos;
- Considerando a infiltração de tendências marxistas em ambientes católicos desde principalmente os anos 60 e 70, causando grande confusão entre os fiéis, que não mais conhecem o pensamento social e político da Igreja e a condenação pontifícia quanto aos partidos socialistas ou proto-socialistas;
- Considerando que as heresias e os erros teológicos, sobretudo por ocasião da crise pós-conciliar, penetraram de tal forma em instituições formativas do clero e do laicato, impedindo que muitos sacerdotes, até mesmo bem-intencionados, possuam uma adequada consciência anticomunista e uma posição firme de defesa da doutrina tradicional da Igreja, com esse relativismo tão pernicioso tendo por uma de suas funestas conseqüências a falta de unidade no rebanho católico e mesmo entre alguns Bispos;
- Considerando o crescimento do Partido dos Trabalhadores, com sua fantástica ascensão às mais alta magistratura do país, e sua influência em não poucos católicos através da Teologia da Libertação, infindáveis vezes rejeitada pela Santa Sé, totalmente incompatível com a doutrina católica tal como preservada e ensinada pelo Papa e pela Tradição;
- Considerando o riquíssimo conteúdo da Doutrina Social da Igreja, ignorado pela maioria dos fiéis e mesmo por setores do clero, a qual se opõe frontalmente aos postulados socialistas, comunistas, esquerdistas, petistas etc;
- Considerando que essa mesma Doutrina Social é, por vezes, transmitida de maneira truncada, quer por ignorância quer por má-fé, como se o Papa e a Igreja Católica fosse favoráveis ao PT e suas aspirações político-filosóficas;
- Considerando que o socialismo, mais do que uma doutrina política, é toda uma forma de ver o mundo e o homem, e que, por isso, tratar desse assunto é tarefa que interessa sobremaneira à Igreja Católica, chamada a evangelizar esse mesmo homem e a reconciliar com Deus o mesmo :
Iremos propor, nesse despretensioso trabalho, as razões da ilicitude de qualquer forma de participação do católico nas fileiras do Partido dos Trabalhadores e, como diz o título, também em outros movimentos ou grupos que sustentem, em maior ou menor grau, a mesma ideologia. Que ele desfaça as eventuais confusões, converta os que estão no erro, reafirme a posição dos que se mantêm inabaláveis na defesa da doutrina católica em comunhão com o Papa, e afaste todas as dúvidas dos que, sem culpa, foram atraídos para setores e doutrinas socialistas.
Dedicamos esse artigo à Santíssima Virgem de Guadalupe, Padroeira da América Latina, para que ela, Mãe de Deus e nossa, abençoe seus filhos tão ameaçados pelas experiências comunistas no continente a ela consagrado. Rogamos também a intercessão dos mártires que morreram sob a opressão da Revolução Cubana de Fidel Castro e Che Guevara, e dos guerreiros cristeros do México, que combateram os inimigos da Realeza de Cristo no campo temporal.

Silogismo que guiará nossa argumentação
Chamamos silogismo ao raciocínio lógico, ordenado e concatenado, no qual de duas premissas se extrai uma conclusão. Iremos expor um silogismo, explicitá-lo por pontos, e, a seguir, comentaremos a conclusão a que chegarmos.
Ei-lo:
Premissa maior: A Igreja condenou o socialismo.
Premissa menor: Ora, o PT é socialista.
Conclusão: Logo, o PT deve ser rejeitado por quem se considera fiel à Igreja.
Se alguém pretender refutar o conteúdo de nossa argumentação, as três únicas maneiras possíveis de fazê-lo são: a) provar que a premissa maior está errada; ou b) provar que a premissa menor está errada; ou ainda c) provar que há algum erro lógico na conclusão a partir das mesmas. De qualquer modo, a refutação do silogismo dar-se-á sustentando que o mesmo é falso, revestindo-se de aparente lógica apenas, sendo, portanto, um sofisma ou uma falácia.
Não procedendo do modo explicado, qualquer tentativa de contestação do presente libelo será fracassada, provando-se mera tergiversação, manobra notadamente diversionista, que não ataca o fulcro da questão.

Explicitação das premissas
1. A Igreja condenou o socialismo
a) citações do Magistério Pontifício que comprovam a rejeição da Igreja às doutrinas comunistas e socialistas:
"O comunismo é intrinsecamente mau, e não se pode admitir, em campo algum, a colaboração recíproca, por parte de quem quer que pretenda salvar a Civilização Cristã." (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Divini Redemptoris, de 19 de março de 1937)
"E se o socialismo estiver tão moderado no tocante à luta de classes e à propriedade particular, que já não mereça nisto a mínima censura? Terá renunciado por isso à sua natureza essencialmente anticristã? (...) O socialismo, quer se considere como doutrina, quer como fato histórico ou como ‘ação’, se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça (...) não pode conciliar-se com a doutrina católica, pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã. (...) Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista." (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931)
"A Igreja tem rejeitado as ideologias totalitárias e atéias associadas, nos tempos modernos, ao ‘comunismo’ ou ao ‘socialismo’. Além disso, na prática do ‘capitalismo’, ela recusou o individualismo e o primado absoluto da lei do mercado sobre o trabalho humano." (Catecismo da Igreja Católica, 2425)
Sobre o comunismo e o socialismo: "Estas pestes, muitas vezes, e com palavras gravíssimas, foram reprovadas na Encíclica Qui Pluribus, de 9 de novembro de 1846; na Alocução Quibus Quantisque, de 20 de abril de 1849; na Encíclica Noscitis et Nobiscum, de 8 de dezembro de 1849; na Alocução Singulari Quadam, de 9 de dezembro de 1854; na Encíclica Quanto Conficiamur Moerore, de 10 de agosto de 1863." (Sua Santidade, o Papa Beato Pio IX. Syllabus, § IV)
"Não ajudar o socialismo – Tomai ademais sumo cuidado para que os filhos da Igreja Católica não dêem seu nome nem façam favor nenhum a essa detestável seita" (Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Encíclica Quod Apostolici Muneris, de 1878, 34)
Falando do capitalismo "selvagem", o Papa João Paulo II, com a clareza que lhe é peculiar, reafirma a doutrina da Igreja sobre o tema: "Nesta luta contra tal sistema não se veja, como modelo alternativo, o sistema socialista, que, de fato, não passa de um capitalismo de Estado, mas uma sociedade do trabalho livre, da empresa e da participação." (Sua Santidade, o Papa João Paulo II. Encíclica Centesimus Annus, de 1o de maio de 1991, 35)
O grau de solenidade da rejeição do socialismo e do comunismo é explicitado pelo Papa: "Estas doutrinas, que nós de novo com a nossa suprema autoridade solenemente declaramos e confirmamos (...)."(Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931)
b) principais razões da condenação da Igreja ao socialismo:
* o socialismo prega o igualitarismo, a supressão da sociedade de classes, ou, em suas formas mais moderadas, ao menos a atenuação desse modelo social, o que contraria a doutrina social da Igreja, que, longe de defender desigualdades injustas e iníquas, sustenta a desigualdade harmônica:
"A igualdade entre os homens diz respeito essencialmente à sua dignidade pessoal e aos direitos que daí decorrer. (...) Quando nasce, o homem não dispõe de tudo aquilo que é necessário ao desenvolvimento de sua vida corporal e espiritual. Precisa dos outros. Aparecem diferenças ligadas à idade, às capacidades físicas, às aptidões intelectuais ou morais, aos intercâmbios de que cada um pôde ser beneficiar, à distribuição das riquezas. Os ‘talentos’ não são distribuídos de maneira igual. Essas diferenças pertencem ao plano de Deus; Ele quer que cada um receba do outro aquilo que precisa e que os que dispõem de ‘talentos’ específicos comuniquem seus benefícios aos que dele precisam. As diferenças estimulam e muitas vezes obrigam as pessoas à magnanimidade, à benevolência e à partilha (...)." (Catecismo da Igreja Católica, 1935-1937)
"Segundo a ordem estabelecida por Deus, deve haver na sociedade príncipes e vassalos, patrões e proletários, ricos e pobres, sábios e ignorantes, nobres e plebeus, os quais todos, unidos por um laço comum de amor, se ajudam mutuamente para alcançarem o seu fim último no céu e o seu bem-estar moral e material na terra."(Sua Santidade, o Papa São Pio X. Motu Próprio Fin dalla Prima, de 18 de dezembro de 1903)
"A Igreja, pregando aos homens que eles são todos filhos do mesmo Pai celeste, reconhece como uma condição providencial da sociedade humana a distinção das classes; por esta razão ela ensina que apenas o respeito recíproco dos direitos e deveres, e a caridade mútua darão o segredo do justo equilíbrio, do bem estar honesto, da verdadeira paz e prosperidade dos povos. (...) Mais uma vez o declaramos: o remédio para esses males [da sociedade] não será jamais a igualdade subversiva das ordens sociais." (Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Alocução ao Patriciado e à Nobreza Romana, em 24 de janeiro de 1903)
"Se [Cristo] chamou junto de si, para os consolar, os aflitos e os sofredores, não foi para lhes pregar o anseio de uma igualdade quimérica." (Sua Santidade, o Papa São Pio X. Encíclica Notre Charge Apostolique, 38)
"Não é verdade que na sociedade civil todos tenhamos direitos iguais, e que não exista hierarquia legítima." (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Divini Redemptoris, de 19 de março de 1937)
"Pois bem, os irmãos não nascem nem permanecem todos iguais: uns são fortes, outros débeis; uns inteligentes, outros incapazes; talvez algum seja anormal, e também pode acontecer que se torne indigno. É pois inevitável uma certa desigualdade material, intelectual, moral, numa mesma família. (...) Pretender a igualdade absoluta de todos seria o mesmo que pretender idênticas funções a membros diversos do mesmo organismo." (Sua Santidade, o Papa Pio XII. Discurso aos fiéis da Paróquia de São Marciano, em 4 de abril de 1953)
* o socialismo é contrário à propriedade privada, pregando o coletivismo, seja, em sua vertente radical, pela total supressão da mesma nos meios de produção (e até nos de consumo, em alguns casos), seja, nos modelos moderados, sensivelmente diminuída (limitação da propriedade, ao seu exercício etc), ao passo em que a Igreja a defende como direito natural do homem; por ser igualitário, condena a propriedade privada e defende o coletivismo, onde tudo é de todos, o que é rejeitado pelo Decálogo e pela Doutrina Social da Igreja:
"Fique bem assente que o primeiro fundamento a estabelecer para todos aqueles que querem sinceramente o bem do povo é a inviolabilidade da propriedade particular." (Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Encíclica Rerum Novarum, de 1º de maio de 1891)
"O direito de propriedade privada, mesmo em relação a bens empregados na produção, vale para todos os tempos. Pois depende da própria natureza das coisas."(Sua Santidade, o Papa João XXIII. Encíclica Mater et Magistra, de 15 de maio de 1961)
"A propriedade particular não seja esgotada por um excesso de encargos e impostos. Não é das leis humanas mas da natureza que emana o direito de propriedade individual; a autoridade pública (...) obra contra a justiça e contra a humanidade quando, sob o nome de impostos, sobrecarrega desmedidamente os bens dos particulares." (Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Encíclica Rerum Novarum, de 1º de maio de 1891)
"Rejeitar ou atenuar o direito de propriedade privada ou individual leva rapidamente ao coletivismo, ou pelo menos à necessidade de admitir-lhe os princípios." (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931)
"É alheio à verdade dizer que se extingue ou se perde o direito de propriedade com o não uso ou abuso dele." (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931) Alguns distorcem o conceito da função social da propriedade, sobretudo a agrária, para tentar uma reforma rural de moldes confiscatórios. O dito acima rejeita tais pretensões.
"O sétimo mandamento proíbe tomar ou reter injustamente os bens do próximo ou lesá-lo, de qualquer modo, nos mesmos bens. Prescreve a justiça e a caridade na gestão dos bens terrestres e dos frutos do trabalho dos homens. Exige, em vista do bem comum, o respeito à destinação universal dos bens e ao direito de propriedade privada. A vida cristã procura ordenar para Deus e para a caridade fraterna os bens deste mundo.
I. A destinação universal e a propriedade privada dos bens
No começo, Deus confiou a terra e seus recursos à administração comum da humanidade, para que cuidasse dela, a dominasse por seu trabalho e dela desfrutasse. Os bens da criação são destinados a todo o gênero humano. A terra está, contudo, repartida entre os homens para garantir a segurança de sua vida, exposta à penúria e ameaçada pela violência. A apropriação dos bens é legítima para garantir a liberdade e a dignidade das pessoas, para ajudar cada um a prover suas necessidades fundamentais e as daqueles de quem está encarregado. Deve também permitir que se manifeste uma solidariedade natural entre os homens.
O direito à propriedade privada, adquirida ou recebida de modo justo, não abole a doação original da terra ao conjunto da humanidade. A destinação universal dos bens continua primordial, mesmo se a promoção do bem comum exige o respeito pela propriedade privda, pelo respeito direito e exercício.
‘Usando aqueles bens, o homem que possui legitimamente as coisas materiais não as deve ter só como próprias dele, mas também como comuns, no sentido de que elas possam ser úteis não somente a ele, mas também aos outros.’ A propriedade de um bem faz de seu detentor um administrador da Providência, para fazê-los frutificar e para repartir os benefícios dessa administração a outros, a seus parentes, em primeiro lugar.
Os bens de produção – materiais ou imateriais –, como terras ou fábricas, competências ou profissões, requerem os cuidados de quem os possui para que sua fecundidade aproveite ao maior número possível. Os detentores os bens de uso e de consumo devem usá-los com moderação, reservando a melhor parte ao hóspede, ao doente e ao pobre.
A autoridade política tem o direito e o dever de regulamentar, em função do bem comum, o exercício legítimo do direito de propriedade." (Catecismo da Igreja Católica, 2401-2406)
"Os sectários do socialismo, apresentando o direito de propriedade como uma invenção humana que repugna à igualdade natural dos homens, e reclamando o comunismo dos bens, declaram que é impossível suportar com paciência a pobreza e que as propriedades e regalias dos ricos podem ser violadas impunemente. Mas a Igreja, que reconhece muito mais útil e sabiamente que existe a desigualdade entre os homens, naturalmente diferentes nas forças do corpo e do espírito, e que esta desigualdade também existe na propriedade dos bens, determina que o direito de propriedade ou domínio, que vem da própria natureza, fique intacto e inviolável para cada um." (Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Encíclica Quod Apostolici Muneris, de 1878)
"Não se oponha também à legitimidade da propriedade particular o fato de que Deus concedeu a terra a todo o gênero humano para a gozar, porque Deus não a concedeu aos homens para que a dominassem confusamente todos juntos. Tal não é o sentido dessa verdade. Ela significa, unicamente, que Deus não assinou uma parte a nenhum homem em particular, mas quis deixar a limitação das propriedades à indústria humana e às instituições dos povos. Aliás, posto que dividida em propriedades particulares, a terra não deixa de servir à utilidade comum de todos, atendendo a que ninguém há entre os mortais que não se alimente do produto dos campos. Quem os não tem, supre-os pelo trabalho, de maneira que se pode afirmar, com toda a verdade, que o trabalho é o meio universal de prover às necessidades da vida, quer ele se exerça num terreno próprio, quer em alguma arte lucrativa cuja remuneração, apenas, sai dos produtos múltiplos da terra, com os quais se ela comuta." (Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Encíclica Rerum Novarum, de 1º de maio de 1891) Com tais afirmações, o Romano Pontífice fere de morte as alegações do Movimento Sem-Terra (MST), uma vez que não pelo fato de alguns não terem a propriedade rural que deixarão de trabalhar: podem fazê-lo na propriedade dos outros, como empregados; e mesmo os urbanos se beneficiam dos frutos da terra, comendo-os, comprando-os com o dinheiro que recebem por seus labores etc.
"(...) a teoria socialista da propriedade coletiva deve absolutamente repudiar-se como prejudicial àqueles mesmos a que se quer socorrer, contrária aos direitos naturais dos indivíduos (...)"(Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Encíclica Rerum Novarum, de 1º de maio de 1891)
"A própria natureza exige a repartição dos bens em domínios particulares, precisamente a fim de poderem as coisas criadas servir ao bem comum de modo ordenado e constante. Este princípio deve ter continuamente diante dos olhos quem não quer se desviar da reta senda da verdade." (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931)
* O socialismo tem uma visão deturpada da História, baseada na filosofia substancialmente dialética, a qual foi reiteradas vezes condenada pela Igreja, e que se expressa pela chamada "luta de classes", sempre vendo os processos históricos como conflitos entre um pólo opressor (tese) e um oprimido (antítese), os quais produzem um resultado (síntese), que evoluirá para outro conflito revolucionário; essa filosofia é oposta aos postulados de Santo Tomás de Aquino e dos grandes Doutores da Igreja; a História no pensamento socialista é fundamentalmente materialista, e o ateísmo dessa doutrina não é mero acidente, senão ponto essencial de sua concepção de mundo;
* O socialismo cai, ainda, no erro filosófico do historicismo, condenado pelo Papa:
O historicismo "consiste em estabelecer a verdade de uma filosofia sobre a base de sua adequação a um determinado período e um determinado objetivo histórico. Desse modo, ao menos implicitamente, se nega a validez perene da verdade. O que era numa época, sustenta o historicista, pode não ser verdade noutra."(Sua Santidade, o Papa João Paulo II. Encíclica Fides et Ratio, de 14 de setembro de 1998, nº 87)
* O socialismo tem uma visão antropológica igualmente deturpada, avessa ao ensino da Igreja:
"Aprofundando agora a reflexão delineada, e fazendo ainda referência ao que foi dito nas Encíclicas Laborem Exercens e Sollicitudo Rei Socialis, é preciso acrescentar que o erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo econômico-social, enquanto, por outro lado, defende que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo da livre opção, da sua única e exclusiva decisão responsável em face do bem e do mal. O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autônomo de decisão moral, que constrói, através dessa decisão, o ordenamento social. Desta errada concepção de pessoa, deriva a distorção do direito, que define o âmbito do exercício da liberdade, bem como a oposição à propriedade privada. O homem, de fato, privado de algo que possa ‘dizer seu’ e da possibilidade de ganhar com que viver por sua iniciativa, acaba por depender da máquina social e daqueles que a controlam, o que lhe torna muito mais difícil reconhecer a sua dignidade de pessoa e impede o caminho para a constituição de uma autêntica comunidade humana." (Sua Santidade, o Papa João Paulo II. Encíclica Centesimus Annus, de 1o de maio de 1991, 13)
* A matriz filosófica do socialismo é a mesma do liberalismo/iluminismo, o que acarreta sua condenação, eis que o pensamento liberal também foi rejeitado pela Igreja; mesmo que alguns neguem, o socialismo, o comunismo, o nazismo, o fascismo, são filhos do liberalismo, pois tanto faz dizer que a verdade é criada pelo proletariado representado pelo Estado (socialismo e comunismo), pela raça pura comandada pelo Estado (nazismo), pelo Nação dirigida pelo Estado (fascista), ou pela maioria democrática (liberalismo): todas essas hipóteses são contrárias à visão católica de que a verdade é absoluta, aferível pela razão humana e revelada por Deus; herdeiro do liberalismo – ainda que finja combatê-lo –, pesam contra o comunismo todos os erros daquele – falsa noção de liberdade, equivocado entendimento quanto às relações entre Estado e Igreja etc;
* O socialismo defende o aborto, o feminismo radical, e, nas suas vertentes mais modernas e avançadas, também a prática homossexual, tudo condenado pela doutrina católica;
* O socialismo, por todos os seus postulados, é incompatível com a Doutrina Social da Igreja;
* A experiência socialista em todos os países em que foi implantada teve como conseqüência obrigatória a violência desordenada: veja-se Pol Pot, Mao-Tsé Tung, Fidel Castro, Josef Stálin, Ho Chi Min, Tito etc;
* O socialismo perseguiu a religião, pois é ponto pacífico na doutrina socialo-comunista o ódio a qualquer manifestação de culto a Deus, em especial à Fé Católica, que é a verdadeira Revelação de Cristo; isto foi traduzido em milhões de mortos pelos regimes comunistas e em perseguições dos mais variados matizes mesmo em Nações de socialismo dito moderado;
* socialismo é obrigatoriamente estatizante, dando todo o poder ao Estado, como representante máximo das aspirações do proletariado, mesmo quando este afirma não querer tal regime (no que Gramsci, teórico comunista italiano, dizia que estava o povo sendo manipulado e que, por não ter a vontade livre, deveria ser representado sempre pelo Intelectual Coletivo, i.e., pelo Partido); a Igreja Católica, ao contrário, embora não defenda o liberalismo econômico que gera o capitalismo "selvagem", propõe o princípio da subsidiariedade, em que o Estado tem de ser forte, com autoridade suficiente, e interventor quando necessário, para manter a moral no mercado e nas relações, mas dando a liberdade que os socialistas não desejam nessa matéria; a Igreja prega a iniciativa privada com responsabilidade, ao passo que os diversos sistemas socialistas ensinam que o Estado deve coletivizar tudo ou, pelo menos, supervisionar de modo excessivo, caindo no totalitarismo que lhe é característico (daí sua semelhança com o nazi-fascismo, novamente):
"Ora, sem dúvida alguma, segundo a doutrina social da Igreja, o Estado tem seu papel próprio na ordenação da vida social. Para desempenhar esse papel, deve mesmo ser forte e ter autoridade. Mas os que o invocam continuamente e lançam sobre ele toda a responsabilidade, o conduzem à ruína e fazem mesmo o jogo de certos poderosos grupos interessados." (Sua Santidade, o Papa Pio XII. Discurso ao VII Congresso da UCID, em 7 de março de 1957)
"Deve-se afirmar que no campo econômico a parte principal compete à iniciativa privada dos cidadãos, quer ajam isoladamente, quer associados de diferentes maneiras a outros para a consecução de interesses comuns." (Sua Santidade, o Papa João XXIII. Encíclica Mater et Magistra, de 15 de maio de 1961)
"Deve-se respeitar o princípio de subsidiariedade: uma sociedade de ordem superior não deve interferir na vida interna de uma sociedade de ordem inferior, privando-a das suas competências, mas deve antes apoiá-la em caso de necessidade e ajudá-la a coordenar a sua ação com a das outras componentes sociais, tendo em vista o bem comum." (Sua Santidade, o Papa João Paulo II. Encíclica Centesimus Annus, de 1o de maio de 1991, 48)
"Permanece, contudo, imutável aquele solene princípio da filosofia social: assim como é injusto subtrair aos indivíduos o que eles podem fazer com a própria iniciativa e esforço, para o confiar à coletividade, do mesmo modo passar para uma sociedade maior e mais elevada o que sociedades menores e inferiores, podiam conseguir, é uma injustiça, um grave dano e perturbação da boa ordem social. O fim natural da sociedade e da sua ação é coadjuvar os seus membros, e não destruí-los nem absorvê-los." (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931)
* pelo igualitarismo, o socialismo tende a favorecer toda a sorte de comportamentos contrários á Moral – os partidos de esquerda identificam-se com a promoção do aborto, das "uniões homossexuais", do amor-livre etc;
* a filosofia comuno-socialista nega diretamente Deus e a existência de uma moral objetiva;
* o socialismo não subordina as idéias à realidade, negando a verdade, portanto, e primando pela ideologia; ao contrário, a Igreja, sobretudo através da magistral obra de Santo Tomás de Aquino, sustenta ser a verdade justamente a adequação da idéia à realidade, no que entra em confronto direto com a filosofia socialista;
* o socialismo, quando não está ainda no poder, insufla a revolta ilegítima do povo contra a autoridade constituída, com uma série de expedientes que não são aprovados pela Moral da Igreja:
"‘A sociedade humana não estará bem constituída nem será fecunda a não ser que lhe presida uma autoridade legítima que salvaguarde as instituições e dedique o necessário trabalho e esforço ao bem comum.’
Chama-se ‘autoridade’ a qualidade em virtude da qual pessoas ou instituições fazem leis e dão ordens a homens, e esperam obediência da parte deles.
Toda comunidade humana tem necessidade de uma autoridade que a dirija. Tal autoridade encontra seu fundamento na natureza humana. É necessária à unidade da cidade. Seu papel consiste em assegurar enquanto possível o bem comum da sociedade.
A autoridade exigida pela ordem moral emana de Deus: ‘Todo homem se submeta às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Deus. De modo que aquele que se revolta contra a autoridade opõe-se à ordem estabelecida por Deus. E os que se opõem atrairão sobre si a condenação’ (Rm 13,1-2).
O dever da obediência impõe a todos prestar à autoridade as honras a ela devidas e cercar de respeito e, conforme seu mérito, de gratidão e benevolência as pessoas investidas de autoridade.
Deve-se ao papa S. Clemente de Roma a mais antiga oração da Igreja pela autoridade política:
‘Concedei-lhes, Senhor, a saúde, a paz, a concórdia, a estabilidade, para que exerçam sem entraves a soberania que lhes concedestes. Sois vós, Mestre, rei celeste dos séculos, quem dá aos filhos dos homens glória, honra e poder sobre as coisas da terra. Dirigi, Senhor, seu conselho segundo o que é bom, segundo o que é agradável a vossos olhos, a fim de que, exercendo com piedade, na paz e mansidão, o poder que lhes destes, vos encontrem propício.’
Se, por um lado, a autoridade remete a uma ordem fixada por Deus, por outro, ‘são entregues à livre vontade dos cidadãos a escolha do regime e a designação dos governantes.’
A diversidade dos regimes políticos é moralmente admissível, contanto que concorram para o bem legítimo da comunidade que os adota. Os regimes cuja natureza é contrária natural, à ordem pública a aos direitos fundamentais das pessoas[1][1][1] não podem realizar o bem comum das nações às quais são impostos.
A autoridade não adquire de si mesma sua legitimidade moral. Não deve comportar-se de maneira despótica, mas agir para o bem comum, como uma ‘força moral fundada na liberdade e no senso de responsabilidade.’
A legislação humana não goza do caráter de lei senão na medida em que se conforma à justa razão; de onde se vê que ela recebe seu vigor da lei eterna. Na medida em que ela se afastasse da razão, seria necessário declará-la injusta, pois não realizaria a noção de lei; seria antes uma forma de violência.
A autoridade só será exercida legitimamente se procurar o bem comum do grupo em questão e se, para atingi-lo, empregar meios moralmente lícitos. Se acontecer de os dirigentes promulgarem leis injustas ou tomarem medidas contrárias à ordem moral, estas disposições não poderão obrigar as consciências. ‘Neste caso, a própria autoridade deixa de existir, degenerando em abuso do poder.’
‘É preferível que cada poder seja equilibrado por outros poderes e outras esferas de competência que o mantenham em seu justo limite. Este é o princípio do ‘estado de direito’, no qual é soberana a lei, e não a vontade arbitrária dos homens.’" (Catecismo da Igreja Católica, 1897-1904)
c) citações de outros pensadores católicos, Santos e eclesiásticos:
"Por fidelidade ao Evangelho e à doutrina da Igreja, a Legião de Cristo sempre vai estar muito atenta à problemática social que aflige o mundo e, na medida das suas possibilidades, vai agir para que todas as suas instituições e as pessoas que tiverem contato com ela também se imbuam desta mesma consciência social. A Legião e o Regnum Christi vão ter sempre no coração da sua espiritualidade os mesmos sentimentos de Cristo para com os pobres e excluídos, as pessoas humildes, os que sofrem injustiças. A nossa luta em favor do homem é uma luta pelo humanismo autêntico, que pretende abrir o homem à Boa Nova, à fé em Cristo e, a partir daí, abri-lo aos caminhos da justiça e da caridade. Mas não vai cair nas soluções fáceis da luta de classes e do recurso à violência, simplesmente porque são anti-evangélicos e anti-humanos. A ideologia da luta de classes mostrou a sua incapacidade histórica, com a queda estrondosa dos regimes marxistas. Seu resultado foi a geração de novas violências e sistemas totalitários e ditatoriais, que destruíram não somente a liberdade dos homens, mas até mesmo a própria vida econômica. Nós procuramos, ao contrário, a mudança radical do coração humano, fruto da conversão interior do homem que, tocado pela graça, se abre à fé em Cristo e às necessidades do irmão. A nossa missão é trabalhar pela instauração do Reino de Cristo na sociedade, através da pregação da Boa Nova do Reino, por meio de uma ação claramente sobrenatural e transcendente, que muda o coração dos homens, criando as bases de uma civilização da justiça e do amor."(MACIEL, Pe. Marcial, LC. Apud COLINA, Jesús. Minha vida é Cristo, São Paulo: CEFID/Logos, 2003, pp. 108-109)
"No emaranhado de opiniões, idéias, partidos e movimentos hodiernos, nada esclarecedores, pergunta-se ansiosamente de que lado está a Igreja.
Há padres hoje, e Bispos até, que defendem os partidos de esquerda, chegando a ponto de apresentá-los como os únicos confiáveis. Há os que propugnam a luta de classes, a reforma agrária socialista, a invasão de terras alheias, propondo como modelo os países comunistas. É essa afinal a posição da Igreja?
Nós respondemos categoricamente: não! A posição da Igreja não é constituída pelas idéias desta ou daquela personagem eclesiástica, seja ela qual for, mas sim pela tradição doutrinária que nos foi legada por Nosso Senhor, pelos Apóstolos e enriquecida pelo ensinamento dos Papas, Concílios, Santos e Doutores da Igreja.
E esse ensinamento perene defende a propriedade privada, condena o comunismo, o socialismo, a luta de classes, prega as virtudes cristãs da justiça e da caridade, ensina que amar os pobres não é odiar os ricos, promovendo assim através da prática de uma moral sadia a verdadeira harmonia e felicidade social.
(...)
Não nos iludamos. Desconfiamos dos discursos demagógicos que, através de propostas humanitárias e aparentemente cristãs, terminam afinal na luta de classes, na agitação, no igualitarismo e no materialismo ateu com a mais completa negação de Deus e da mentalidade cristã.
É hora de tirar da estante as encíclicas de Leão XIII e Pio XI sobre a questão social, que refletem com precisão a doutrina da Igreja e são leitura utilíssima e esclarecedora na atual conjuntura religiosa. A solução para o problema social não está no socialismo ou comunismo, mas sim na prática da justiça e caridade, com a formação da verdadeira consciência cristã, alicerce da verdadeira ordem social."( RIFAN, D. Fernando Arêas. De que Lado está a Igreja?, in Quer Agrade, Quer Desagrade, Campos: ed. do autor, 1999, pp. 123-124)
"E como o oposto do socialismo ou comunismo não é o liberalismo econômico ou o capitalismo, mas sim o catolicismo, será pela propagação das verdadeiras idéias cristãs que construiremos a direita e o anticomunismo dignos deste nome. O resto é ilusão e perda de tempo." (RIFAN, D. Fernando Arêas. A Fraqueza dos Bons, in Quer Agrade, Quer Desagrade, Campos: ed. do autor, 1999, p. 104)
"O igualitarismo moderno, de inspiração atéia, é contrário não somente à Revelação, senão também à natureza. É uma ideologia falsa, que somente fazendo violência à realidade das coisas pode se afirmar. Sabemos cientificamente que, por exemplo, em qualquer associação de viventes – uma manada de lobos – domina a confusão e a ineficácia até que nela se estabeleça uma estruturação hierárquica, que implica relações desiguais. Pois bem, a autoridade – a hierarquia, a desigualdade –, que é natural entre os animais, segue sendo natural entre os homens. Certamente nas sociedades humanas haverá que se distinguir – mas não entre os animais – desigualdades justas, procedentes de Deus, conformes à natureza, e desigualdades injustas, nascidas da maldade dos homens: temos, pois, de afirmar as primeiras e combater as segundas. Porém, em todo o caso, deve restar claro que o princípio igualitário, enquanto tal, é injusto, é violento, é contrário à natureza." (RIVERA, Pe. José; IRABURU, Pe. José María. Síntesis de Espiritualidad Católica, 6ª ed., Pamplona: Fundación Gratis Date, 2003, p. 16)
"Inclusive pode ser bom possuir riquezas, ou seja, uma abundância de bens claramente superior à média. Se Deus criou o mundo naturalmente hierárquico e desigual, é indubitável que na Providência divina ricos e pobres têm seu lugar. Não é vontade de Deus que todos sejam iguais na posse dos bens deste mundo. Ou, em outras palavras: pode haver riquezas legitimamente adquiridas e honestamente possuídas. Pode haver, sem dúvida, riquezas benéficas, realmente postas a serviço de Deus e do bem comum dos homens." (RIVERA, Pe. José; IRABURU, Pe. José María. Síntesis de Espiritualidad Católica, 6ª ed., Pamplona: Fundación Gratis Date, 2003, p. 339)
"(...) é lei natural que os seres superiores movam os inferiores, pela virtude mais excelente que Deus lhes conferiu" e também que "os inferiores devem obedecer aos superiores." (Santo Tomás de Aquino. S. Th., II-II, q. 104, a. 1)
"(...) também as riquezas, enquanto são certo bem, são algo divino, principalmente quando dão possibilidade de fazer muitas obras boas." (Santo Tomás de Aquino. Quodlibeto, 10, q. 6, a. 12, ad 2m)
"Em tais condições, a coexistência pacífica da Igreja com o comunismo deve ser recusada pelos católicos:
1º argumento. -- A ordem temporal exerce uma ação formadora -- ou deformadora -- profunda sobre a alma dos povos e dos indivíduos. A Igreja não pode, pois, aceitar uma liberdade que implique em calar sobre os erros do regime comunista, criando no povo a impressão de que Ela não os condena.
2º argumento. -- Renunciando a ensinar os preceitos do Decálogo que fundamentam a propriedade privada (7º e 10º Mandamentos), a Igreja apresentaria uma imagem desfigurada do próprio Deus. O amor de Deus, a prática da virtude da justiça e o pleno desenvolvimento das faculdades do homem, e, portanto, a sua santificação, ficariam assim gravemente prejudicados.
3º argumento. -- A Igreja não pode aceitar o comunismo como um fato consumado e um "mal menor".
1. Quanto à primeira condição, parece-nos que a resposta deve ser negativa, à vista da força suasória que têm uma metafísica e uma moral concretizadas num regime, numa cultura, num ambiente.
A missão docente da Igreja não consiste só em ensinar a verdade, mas também em condenar o erro. Nenhum ensino da verdade é suficiente enquanto ensino, se não inclui a enunciação e refutação das objeções que contra a verdade se possam fazer. "A Igreja -- disse Pio XII -- sempre transbordante de caridade e de bondade para com os desgarrados, mas fiel à palavra de seu Divino Fundador, que declarou. "Quem não está coMigo, está contra Mim" (Mat. 12, 30), não pode faltar a seu dever de denunciar o erro e de arrancar a máscara aos semeadores de mentiras..." (Radiomensagem do Natal de 1947 -- "Discorsi e Radiomessagi", vol. IX, p. 393). No mesmo sentido se exprimiu Pio XI: "O primeiro dom de amor do Sacerdote ao seu meio, e que se impõe da maneira mais evidente, é o dom de servir à verdade, à verdade inteira, e desmascarar e refutar o erro sob qualquer forma, máscara ou disfarce com que se apresente" (Encíclica "Mit Brennender Sorge", de 14 de março de 1937 -- AAS, vol. XXIX, p. 163). É da essência do liberalismo religioso a falsa máxima de que para ensinar a verdade não é necessário impugnar ou refutar o erro. Não há formação cristã adequada, que prescinda da apologética. Resulta particularmente importante notá-lo, à vista do fato de que a maioria dos homens tende a aceitar como normal o regime político e social em que nasce e vive, e de que o regime exerce a este título uma influência formativa profunda sobre as almas.
Para medir em toda a sua extensão o poder dessa ação formativa, examinemo-la em sua razão de ser e em seu modo de operar.
Todo regime político, econômico e social se baseia, em última análise, em uma metafísica e em uma moral. As instituições, as leis, a cultura e os costumes que o integram, ou com ele são correlatos, refletem na prática os princípios dessa metafísica e dessa moral.
Pelo próprio fato de existir, pelo natural prestígio do Poder Público, bem como pela enorme força do ambiente e do hábito, o regime induz a população a aceitar como boas, normais, até indiscutíveis, a cultura e a ordem temporal vigentes, que são as conseqüências dos princípios metafísicos e morais dominantes. E, ao aceitar tudo isto, o espírito público acaba por ir mais longe, deixando-se penetrar como por osmose, por esses mesmos princípios, habitualmente entrevistos de modo confuso, subconsciente, mas muito vivo, pela maior parte das pessoas.
A ordem temporal exerce pois uma ação formadora -- ou deformadora -- profunda sobre a alma dos povos e dos indivíduos.
Há épocas em que a ordem temporal se baseia em princípios contraditórios, que convivem em razão de um tal ou qual ceticismo com colorido quase sempre pragmatista. Em geral, esse ceticismo pragmático passa daí para a mentalidade das multidões.
Outras épocas há, em que os princípios metafísicos e morais que servem de alma à ordem temporal são coerentes e monolíticos, na verdade e no bem como na Europa do século XIII, ou no erro e no mal como na Rússia ou na China de nossos dias. Então, esses princípios podem marcar-se a fundo nos povos que vivem em uma sociedade temporal por eles inspirada.
O viver em uma ordem de coisas assim coerente no erro e no mal já é de si um tremendo convite à apostasia.
No Estado comunista, oficialmente filosófico e sectário, esta impregnação doutrinária na massa é feita com intransigência, amplitude e método, e completada por uma doutrinação explícita incansavelmente repetida a todo propósito.
Ao longo de toda a História não há exemplo de pressão mais completa em seu conteúdo doutrinário, mais sutil e polimórfica em seus métodos, mais brutal em suas horas de ação violenta, que a exercida pelos regimes comunistas sobre os povos que estão sob seu jugo.
Num Estado assim totalmente anticristão não há meio de evitar esta influência senão instruindo os fiéis sobre o que ele tem de ruim.
Face a tal adversário, mais ainda do que face a qualquer outro, a Igreja não pode, pois, aceitar uma liberdade que implique em renunciar sincera e efetivamente ao exercício, franco e eficiente, de sua função apologética.
2. Quanto à segunda condição, também nos parece que não é aceitável, tendo em vista não só a incompatibilidade total entre o comunismo e a doutrina católica, como particularmente o direito de propriedade em suas relações com o amor de Deus, a virtude da justiça e a santificação das almas.
Para a recusa desta segunda condição há antes de tudo uma razão de caráter genérico. A doutrina comunista, atéia, materialista, relativista, evolucionista, colide do modo mais radical com o conceito católico de um Deus pessoal, que promulgou para os homens uma lei em que se consubstanciam todos os princípios da moral, fixos, imutáveis, e consentâneos com a ordem natural. A "cultura" comunista, considerada em todos os seus aspectos e em cada um deles, conduz à negação da moral e do direito. A colisão do comunismo com a Igreja não se dá, pois, apenas em matéria de família e de propriedade. E é sobre toda a moral, sobre toda a noção do direito, que a Igreja se deveria então calar.
Não vemos, portanto, a que resultado tático conduziria um "armistício ideológico" entre católicos e comunistas circunscrito a estes dois pontos, se em todos os outros a luta ideológica continuasse." (OLIVEIRA, Plínio Corrêa de Oliveira. Acordo com o regime comunista: para a Igreja, esperança ou autodemolição?)
"Não podemos usar a tática da avestruz, achando que o problema se resolve ao ser ignorado. Mas não podemos recorrer a soluções que não são do Evangelho, como as que alguns autores de certas teologias da libertação procuram, ao pretender unir, numa falsa aliança, o Evangelho e a luta de classes. Não negamos a possível boa intenção destas pessoas; só Deus pode julgar o interior de cada homem. Mas o que podemos fazer – como foi feito pelo Magistério da Igreja, que sobre esse assunto emitiu duas declarações pela Congregação da Doutrina da Fé, guiada pelo cardeal Josef Ratzinger – é afirmar claramente que as teologias da libertação que admitem a análise marxista – e com muita freqüência, também certos elementos da sua filosofia materialista de fundo – são incompatíveis com a doutrina social da Igreja.
A nossa preocupação em matéria social, portanto, é aplicar os grandes princípios da doutrina social da Igreja, procurando conscientizar os leigos, especialmente os que têm mais possibilidades devido à sua posição política, econômica ou social, para que eles apliquem esses princípios no próprio raio de ação. É um trabalho lento e pouco vistoso, mas eficaz, a longo prazo. Através da formação e da projeção apostólica dos leigos, é possível realizar obras de grande envergadura no âmbito do desenvolvimento social e econômico."(MACIEL, Pe. Marcial, LC. Apud COLINA, Jesús. Minha vida é Cristo, São Paulo: CEFID/Logos, 2003, pp. 107)
"Alguns cristãos pregam como norma a resistência aos poderes, e como exceção o dever de obediência. Adornam sua doutrina com algumas citações bíblicas, nas quais se faz alusão pejorativa aos ‘poderosos’ (o Magnificat, por exemplo, em Lc 1,52), mas a verdade é que repelem a Revelação. É certo que os poderes políticos e outras modalidades de autoridade civil estão geralmente mais ou menos corrompidos, e que raras vezes são de todo sadios tanto em sua origem como em seu exercício. Sem embargo, ainda que sejam assim as coisas, o dever cristão da obediência cívica está normalmente vigente, e só excepcionalmente há de ceder a outras exigências morais contrárias. Isto é o que ensinaram Jesus e os Apóstolos em tempos terríveis. Os que aceitam esta doutrina terão às vezes problemas de discernimento à hora de aplicá-la na prática. Porém, os que rechaçam tal doutrina de Cristo, como poderão aplicá-la com prudência. Errarão sempre, necessariamente.
Alguns cristãos pretendem superar as injustiças de autoridades e leis vencendo o mal com o mal. Estes querem o bem sem esperar mais, agora, sem sofrimentos próprios, a custa do que quer que seja; qualquer meio vale, se se mostra eficaz. Estão, pois, dispostos a pressionar, ridicularizar a autoridade e desprestigiá-la, armas escândalos, romper a unidade, usar de intimidações, greves selvagens ou guerras.[2][2][2]
Estes são os que vêem na Cruz de Cristo a raiz de muitos males históricos. É coisa clara que se envergonham do Evangelho de Jesus (cf. Rm 1,16; 2 Tm 1,8), e que o consideram loucura e absurdo (cf. 1 Co 1,23). Pois a Revelação divina nos ensina: ‘Que ninguém devolva mal pelo mal, senão que buscai sempre fazer o bem entre vós e com todos’ (1 Ts 5,15). ‘Não te deixes vencer pelo mal [fazendo-o tu], mas vence o mal com o bem’ (Rm 12,21). A Igreja sabe que, às vezes, a violência pode ser expressão de caridade (cf. Jô 2,15), porém só a admite em casos extremos (por exemplo, GS 68c, sobre a greve; 79b-d, sobre a guerra), e se se dá um conjunto de condições (cf. Pio XI, Encíclica Firmissimam Constantiam, de 28 de março de 1937, Dz 3775-3776), ignoradas muitas vezes pelos partidários da violência." (RIVERA, Pe. José; IRABURU, Pe. José María. Síntesis de Espiritualidad Católica, 6ª ed., Pamplona: Fundación Gratis Date, 2003, p. 370)
2. Ora, o PT é socialista
a) está nos seus estatutos e programas (cf. www.pt.org.br) a plataforma socialista;
b) nas duas primeiras candidaturas à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva utilizou como título de seu programa "Projeto Brasil Socialista";
c) a história do PT confirma sua adesão ao socialismo:
* Os principais líderes e todos os fundadores eram socialistas, a maioria de tendência marxista clássica inclusive;
* Mesmo as correntes mais moderadas do PT são contaminadas de socialismo em maior ou menor grau;
* Muitos dos caciques do Partido foram guerrilheiros e tentaram implantar um regime comunista no Brasil, como José Dirceu, José Genoíno e outros;
* Os fundadores do PT pertencentes à chamada "esquerda católica" foram ou são de organizações contrárias ao ensino católico, que publicamente rejeitam a autoridade do Papa (Leonardo Boff, ex-OFM; Frei Betto, OP; Marcelo Barros, OSB; etc); muitos deles foram militantes de organizações socialistas nos anos 60 e 70, e que não abandonaram suas idéias;
d) o PT apóia, de uma forma ou de outra, o MST, grupo que pretende uma reforma agrária de perfis socialistas e que não esconde isso de ninguém, contrariando, portanto, o ensino católico acima exposto;
e) o PT participa oficialmente do Fórum de São Paulo (cf. www.midiasemmascara.org), organismo dos movimentos socialistas e comunistas, com vistas a elaborar planos de tomada de poder (democraticamente ou através de ações revolucionárias explícitas) na América Latina;
f) os programas do PT incluem temas como cotas para negros ou para pobres em faculdades, reforma agrária, alta tributação, projetos tendentes a, em maior ou menor grau, diminuir ou suprimir a sociedade de classes e a propriedade de classes, no que demonstra ser socialista;
g) a visão histórica pregada pelo PT é totalmente influenciada pela dialética materialista de Marx (opressores X oprimidos), e por isso vivem criticando os 500 anos do Descobrimento (em ultraje ao Papa, que enviou representação para as festas), e ensinando uma história distorcida pelo socialismo;
h) o PT comanda, de uma forma ou de outra, as manifestações desordeiras contra a autoridade constituída, sempre que não está no poder, por ser influenciado por pressupostos socialistas, e em seu currículo constam agitações, invasões, badernas, tentativas revolucionárias;
i) o PT apóia Chávez, Castro, e outros ditadores comunistas, como o presidente do Gabão, elogiado por Lula em sua recente visita à África;
j) o PT tem uma forte aliança com a teologia da libertação, diversas vezes condenada pelo Papa tanto por seus erros sociais e políticos quanto por seus erros teológicos;
k) a cultura interna do PT é notadamente socialista ou simpatizante do socialismo:
* Celebração de heróis socialistas e comunistas (Fidel, Lênin, Mao, Ho Chi Min, Pol Pot e, principalmente, Che) em camisetas e bandeiras petistas;
* O símbolo do PT é socialista: a estrela amarela sobre um fundo vermelho da URSS, da China comunista, da Internacional Socialista, de vários partidos comunistas ao redor do mundo (PSOE – Espanha; PSB, PPS, PCdoB, PCB, PSTU e PCO – Brasil);
* Os intelectuais do PT não negam sua inspiração em Antonio Gramsci, teórico comunista italiano, e fundamentam suas teses com pressupostos de matriz socialista (igualitarismo, coletivismo, oprimido X opressor, negro X branco, mulher X homem, pobre X rico etc);
* As alianças tradicionais do PT para suas campanhas são com partidos socialistas (PCdoB, PCB, PSB, PPS, PV etc), o que demonstra, no mínimo, simpatia e comunhão ideológica.
l) a experiência dos governos do PT, notadamente no Rio Grande do Sul, pôs em prática sua ideologia socialista, com perseguição aos jornalistas, ideologização da Brigada Militar e do ensino (concursos públicos para professor com questões explicitamente pró-socialistas), catalogação dos inimigos etc;
m) o PT, ainda que alguns membros não o sejam, é francamente favorável ao aborto, ao "casamento" homossexual, à eutanásia, ao feminismo radical.
3. Logo, o PT deve ser rejeitado por quem se considera fiel à Igreja
E, por isso, é claramente imoral a participação de qualquer católico, seja leigo, seja eclesiástico, seja religioso, no PT e em outros partidos socialistas:
- Não pode o católico votar no PT, mesmo que não concorde com o socialismo desse partido, ou apenas porque considera que é um partido sério;
- Não pode o católico fazer campanha para o PT;
- Não pode o católico doar dinheiro para o PT;
- Não pode o católico utilizar símbolos petistas ou levar outros a crer que comunga das idéias do PT;
- Não pode o católico favorecer, de qualquer forma, o PT e sua estratégia de tomada de poder.
O católico deve, isso sim, estudar a Doutrina Social Católica, e posicionar-se politicamente de acordo com o que diz o Santo Padre, o Papa, suprema autoridade de governo e infalível autoridade de ensino da Igreja, o Vigário de Cristo na terra!