quinta-feira, 22 de março de 2012

A Crise na Igreja - Uma entrevista com Dra. Alice von Hildebrand.

A Crise na Igreja - Uma entrevista com Dra. Alice von Hildebrand.


Dra. Alice von Hildebrand é esposa do falecido filósofo e teólogo católico Dietrich von Hildebrand, que foi chamado por Pio XII de “Doutor do Século XX”.

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A conversa a seguir com Dra. Alice Von Hildebrand abre nossa discussão para o foco desta edição: A Crise na Igreja – Cenários para uma Solução. Dra. Von Hildebrand, professora emérita de Filosofia de Hunter College (City University of New York), acabara de completar The Soul of a Lion, uma biografia de seu marido, Dietrich.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Até agora a mídia noticiou de forma absolutamente discreta a vitória de Rick Santorum em Iowa, até a notícia sobre a saída de Rick Perry teve mais destaque, curiosamente quando Romney ganhou por 8 votos foi declarada sua vitória, mas na recontagem quando Santorum conseguiu uma vantagem de 34 votos o partido republicano declarou um "empate virtual", só para lembrar, Santorum é católico conservador...

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/01/saida-de-perry-acirra-disputa-republicana-nos-eua-1.html

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

URGENTE: MST treina ‘exército’ para a luta no Pinheirinho, em São José dos Campos

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Clipping DefesaNet
Publicado O Vale

15 Janeiro 2012

São José dos Campos

O ‘exército do Pinheirinho’ ganhou o reforço de estrategistas do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) na guerra contra a reintegração da área. Eles irão liderar um ‘exército inexperiente’ de cerca de 500 homens recrutados para o confronto.

O reforço chegou após o anúncio da reintegração de posse da área determinada pela Justiça. Na última quarta-feira, um oficial de Justiça fez a leitura da notificação, escoltado por policiais.

Desde então, os sem-teto passaram a restringir o acesso ao acampamento e isolaram uma área que passou a servir como ‘quartel-general’ para a realização de reuniões e treinamentos. Ninguém está autorizado a entrar no local.
E como estratégia da resistência, eles também estão estocando alimentos e água.

No acampamento é constante a chegada de mantimentos e carregamentos de combustível, além de equipamentos que serão utilizados na resistência como máscaras, joelheiras, cotoveleiras e coturnos com bico de ferro.

Treinamento. Diariamente, os ‘soldados’ do Pinheirinho passam por treinamento de guerrilha com noções de defesa e ataque. Mas o local é mantido sob sigilo absoluto. Já, as mulheres se dedicam a cortar e costurar escudos. Algumas afirmam que também irão enfrentar a luta armada.

Segurança. O entorno do acampamento foi cercado com lanças de bambus e o único portão de acesso ao local é mantido trancado 24 horas. Dez homens controlam a entrada e saída de moradores. Atualmente, cerca de 5.500 pessoas vivem no Pinheirinho.

Todos os acessos às ruas do acampamento foram bloqueados com trincheiras construídas com chapas de madeira, telhas, pneus e tambores.

E para dificultar ainda mais a ação da Polícia Militar, algumas vias internas foram fechadas com sofás e cadeiras. A entrada em cada um dos setores tem que ser autorizada.

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Armas. Porretes de madeira com prego nas pontas, barras de ferro, facões e foices são os mais comuns.

Mas também serão utilizados espetos, enxadas, machados, pedras e estilingues. Como escudo tambores cortados, chapas de ferro e antenas de televisão. Um grupo de moradores realizaria rondas pelas ruas do acampamento durante toda a madrugada.

Eles também foram divididos em pelotões, espalhados por pontos estratégicos do acampamento.

O líder do acampamento sem-teto, Valdir Martins, o ‘Marrom’, afirma que as estratégias de defesa são necessárias para garantir a permanência das famílias no local.

“A única alternativa é a resistência. Não há plano B. Ninguém vai abandonar a sua casa para ser jogado na rua.”

De acordo com as lideranças não haverá ataque aos policiais, mas os sem-teto irão resistir à remoção. “A ordem é resistir e não atacar. Eles irão defender seus espaços”, disse um dos estrategistas.

 

.Gente humilde e pobre sendo desordenada conscientemente pela patologia comunista à custa de dinheiro... da Igreja Católica! Procedente da Caritas Brasil e da Adveniat.

.Agora onde estão os fãs do Leonardo Boff que criou este lixo dentro da Igreja? Parecem cidadãos evangelizados para você?

.CNBB: FIM DA PASTORAL DA TERRA JÁ! Ou o derramamento de sangue causado pela irresponsabilidade dessas ações estará nas mãos de seus idealizadores.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Líderes religiosos nos EUA em defesa do matrimônio e da liberdade religiosa

WASHINGTON, DC, sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - Uma carta em defesa do matrimônio e da liberdade religiosa foi difundida ontem pelos líderes de algumas das comunidades mais importantes dos Estados Unidos.

O documento, intitulado Marriage and Religious Freedom: Fundamental Goods That Stand or Fall Together ("Matrimônio e Liberdade Religiosa: princípios fundamentais que crescem ou caem juntos"), foi assinado por representantes das comunidades Anglicanas, Batistas, católicas, Evangélicas, judaicas, Luteranas, Mórmons e pentecostais dos Estados Unidos.

O Arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, presidente da Conferência Episcopal dos EUA, recém-nomeado cardeal, é um dos quatro bispos católicos que assinaram.

"O matrimônio e a liberdade religiosa estão em crise nos Estados Unidos - diz monsenhor Dolan -. Esta carta é um sinal de esperança. Não só existem dezenas de milhares de cidadãos crentes representados pelos subscritores, mas a carta em si atesta a crescente e partilhada consciência do quanto o matrimônio e a liberdade religiosa são importantes para o bem-estar do país. A carta expressa argumentos convincentes que devem ser ouvidos por todos, especialmente por aqueles que detêm posições de autoridade: toda pessoa realmente preocupada pela liberdade religiosa deverá necessariamente ser também um defensor da indissolubilidade do matrimônio".

Na carta, os líderes manifestam uma referência comum segundo a qual a principal ameaça à liberdade religiosa é a possibilidade de que os ministros do culto sejam forçados a celebrar matrimônios homossexuais.

Os signatários escrevem: "Acreditamos que a maior armadilha seja esta: forçar ou fazer pressão seja sobre os indivíduos seja sobre as organizações, para que eles considerem a sexualidade homossexual no mesmo nível da sexualidade conjugal. Não há dúvida de que muitas pessoas e grupos, cujas convicções morais e religiosas são contrárias à homossexualidade, resistiriam à obrigatoriedade da lei e resultaria em conflitos estado-igreja". Conflitos que poderiam levar a "sérias conseqüências".

Os problemas poderiam surgir "no campo jurídico, porque alterando a definição civil do matrimônio não se muda uma lei mas centenas, talvez milhares de leis. Num só tiro todas as regras, cujos direitos dependem do estado conjugal - como os benefícios de emprego, adoção, educação, saúde, cuidado dos idosos, habitação, propriedade e o fisco - iriam mudar e as relações homossexuais seriam tratadas com paridade com relação aos matrimônios. Essa exigência, por sua vez, seria aplicada a pessoas e grupos religiosos no curso normal de suas ocupações públicas ou privadas, incluindo as escolas, os hospitais, as casas de cura e outras instalações residenciais que atendam aos serviços de adoção e de aconselhamento, e muitos outros".

Os líderes religiosos signatários alertam que redefinir o matrimônio iria causar consequências para a liberdade religiosa de todos os americanos e solicitam que os líderes leigos defendam o matrimônio, bem como a liberdade religiosa.

"Pedimos especialmente aos guardiões do bem público que apoiem leis que defendam a concepção tradicional do matrimônio, evitando assim ameaçar a liberdade religiosa de inúmeros cidadãos e instituições deste país", acrescentam os líderes religiosos. "O matrimônio e a liberdade religiosa estão profundamente enraizados no solo desta nação”.

A propagação desta carta sai alguns dias antes da proclamação presidencial do Dia da Liberdade Religiosa (16 de janeiro) e cerca de um mês antes do Dia Mundial do Matrimônio (12 de fevereiro) e a Semana Nacional do Matrimônio Americano. A carta é seguida por um documento análogo, publicado no dia 06 de dezembro de 2010.

Jornal denuncia que agencia Reuters mentiu sobre discurso do Papa e o "matrimônio" gay

LONDRES, 14 Jan. 12 / 10:17 am (ACI)
Um jornalista do jornal britânico The Guardian denunciou que a agência Reuters atribuiu ao Papa Bento XVI uma frase sobre o "matrimônio homossexual" que ele nunca pronunciou e o converteu em alvo de furiosos ataques sem motivo em todo mundo.
O jornalista Andrew Brown revisou o discurso completo que o Papa Bento XVI dirigiu ao corpo diplomático na segunda-feira de 9 de janeiro no qual o Santo Padre recorda a necessidade de defender a família fundada no matrimônio entre homem e mulher, mas não menciona o "matrimônio gay".
Brown questionou ao jornalista Philip Pullella da agência Reuters, a quem considera "um dos melhores e mais experientes correspondentes no Vaticano", por publicar uma notícia na qual escreveu: "o Papa Bento disse na segunda-feira que o matrimônio gay é uma das várias ameaças à família tradicional que ameaçam ‘o próprio futuro da humanidade’", atribuindo-lhe uma frase que o Papa não pronunciou.
"Sim, o Papa é católico. Mas não disse que o matrimônio gay seja uma ameaça para a humanidade. O Papa Bento XVI disse muitas coisas sobre a ecologia e a economia em seu discurso. Então, para quê inventar outra notícia?", escreveu Brown em seu artigo reproduzido também em italiano pelo jornal vaticano L’Osservatore Romano em sua edição de hoje.
"Em seu discurso ao corpo diplomático no Vaticano (o Papa) não disse uma só palavra sobre o matrimônio gay", sentenciou.
O jornalista do The Guardian destacou que o Papa sim falou a favor da família "apoiada no matrimônio entre homem e mulher" e disse que existem "políticas que ameaçam a família, ameaçam a dignidade humana e o próprio futuro da humanidade"; mas "não mencionou para nada" o "matrimônio gay".
Andrew Brown acrescentou que o Santo Padre alertou sobre como o aborto compromete o futuro da humanidade, mas isso "não constitui um ataque ao matrimônio gay nem à homossexualidade".
O jornalista britânico elogiou logo a capacidade do Papa para descrever com precisão a crise econômica, inclusive "muito melhor que Ed Miliband", um dos principais peritos em economia no Reino Unido e que foi membro do gabinete do Primeiro-ministro Gordon Brown até o ano 2010.
Andrew Brown também elogiou o Papa por sua perspectiva do tema ecológico.
Brown criticou duramente a burocracia do Vaticano e admitiu que "às vezes como jornalista, deve-se explicar o que (o Vaticano) quer dizer". Entretanto, esclareceu que "nada disto explica nem justifica afirmar que ele (o Papa) disse que o matrimônio gay era uma ameaça para o futuro da humanidade. Ele não o fez".

.Este blog saiu na frente e afirmou a mesma coisa, reproduzida por toda a mídia mundial, em especial, no Brasil, a Globo.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Globo e sua dialética anti-cristã

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O G1 publicou uma notícia afirmando: "Casamento homossexual é 'ameaça' à humanidade, diz papa". No teor da notícia, afirmou a notícia do portal global "O papa Bento XVI disse nesta segunda-feira (9) que o casamento homossexual é uma das várias ameaças atuais à família tradicional, pondo em xeque 'o próprio futuro da humanidade'".

Agora vejamos, no discurso verdadeiro e TRANSCRITO, o que de fato o Papa Bento XVI falou:

O Beato João Paulo II lembrava que «o caminho da paz é também o caminho dos jovens»[1], constituindo eles «a juventude das nações e das sociedades, a juventude de todas as famílias e da humanidade inteira»[2]. Por isso, os jovens pressionam-nos para que sejam consideradas seriamente as suas exigências de verdade, justiça e paz. Nesta linha, foi a eles que dediquei a Mensagem anual para a celebração do Dia Mundial da Paz, intitulada Educar os jovens para a justiça e a paz. A educação é um tema crucial para todas as gerações, pois depende dela tanto o desenvolvimento saudável de cada pessoa como o futuro da sociedade inteira. Por isso mesmo, aquela constitui uma tarefa de primária grandeza num tempo difícil e delicado. Para além de um objectivo claro, como é o de levar os jovens a um pleno conhecimento da realidade e, consequentemente, da verdade, a educação tem necessidade de lugares. Dentre estes, conta-se em primeiro lugar a família, fundada sobre o matrimónio entre um homem e uma mulher; não se trata duma simples convenção social, mas antes da célula fundamental de toda a sociedade. Por conseguinte, as políticas que atentam contra a família ameaçam a dignidade humana e o próprio futuro da humanidade. O quadro familiar é fundamental no percurso educativo e para o próprio desenvolvimento dos indivíduos e dos Estados; consequentemente, são necessárias políticas que o valorizem e colaborem para a sua coesão social e diálogo. É na família que a pessoa se abre ao mundo e à vida e, como tive ocasião de lembrar durante a minha viagem à Croácia, «a abertura à vida é um sinal da abertura ao futuro»[3]. Neste contexto de abertura à vida, recebi com satisfação a recente sentença do Tribunal de Justiça da União Europeia, que proíbe atribuir alvarás em processos relativos às células estaminais embrionárias humanas, e também a Resolução da Assembleia parlamentar do Conselho da Europa que condena a selecção pré-natal em função do sexo.

Verdadeiramente, o Santo Padre conecta um assunto com o outro, sendo assim, o casamento homossexual, em si, estava longe de ser a única intenção da mensagem do Papa. Ademais, no negrito abaixo, pode-se destacar que o papa tenta valorizar a vida em si, que começa na família, e NAQUELE SENTIDO recebeu uma boa notícia em relação às pesquisas com células embrionárias humanas e a crueldade que é a seleção pré-natal.

O portal G1 viu apenas o casamento homossexual pelas seguintes razões:

1. É um jornalismo gramisciano, ou seja, tende a agradar a gregos e troianos, e agrada muito aos grupos LGBT ataques velados ao cristianismo e ao Santo Padre que prega a mera natureza, em face de suas inaturalidades que eles desejam tornar uma realidade.

2. Veja que a frase "o próprio futuro da humanidade" é utilizada fora de seu contexto, com o único intuíto de expor o Santo Padre a uma situação que particularmente não foi a procurada.

3. A reportagem continua com a sua PROPAGANDA SUBVERSIVA: O casamento gay já é legal em vários países europeus, como Espanha e Holanda. Algumas religiões que autorizam o casamento gay e a ordenação de mulheres e homossexuais como clérigos têm perdido fiéis para o catolicismo, e o Vaticano já tomou medidas para facilitar tais conversões. ORA, essas mesmas religiões, diga-se algumas correntes anglicanas, tem por essa razão retornado à Igreja Católica. O Vaticano está preocupado com o número de fiéis que cada vez mais cresce na África e na China? Eu acho que não. Aliás, a Sé jamais declarou qualquer preocupação com a diminuição de fiéis, mas esse argumento falsificado é sempre utilizado para aqueles que desejam atacar a Igreja Católica.

NÃO LEIAM MÍDIAS QUE FAZEM PROPAGANDAS SUBVERSIVAS PARA CERTOS GRUPOS NA SOCIEDADE. PARA ELAS, VOCÊ É UMA MARIONETE A SER COLOCADA À DISPOSIÇÃO DE SUA OPINIÃO FABRICADA.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

"O respeito da pessoa deve estar no centro das instituições e das leis, conduzindo ao fim de toda a violência”: Bento XVI ao Corpo Diplomático junto da Santa Sé

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Clipping Rádio Vaticano

(9/1/2012) Foi um discurso amplo, passando em revista o mundo inteiro, o que Bento XVI dirigiu nesta manhã aos Embaixadores junto da Santa Sé, recebidos no Vaticano, como é tradicional, no princípio de janeiro, para a apresentação de votos de Ano novo.Especial destaque foi reservado pelo Papa ao continente africano, com os seus diferentes focos de crise e de preocupação, assim como ao Médio Oriente, na sequência do movimento predominantemente juvenil e espontâneo que levou à queda de diversos regimes e à realização de eleições. Moçambique foi o único país lusófono expressamente citado, a propósito do recente Acordo com a Santa Sé, cuja ratificação Bento XVI fez votos possa ter lugar em breve, como já aconteceu com idêntico Acordo assinado também em 2011 com o Azerbaijão.Congratulou-se também com a admissão da Santa Sé, como membro de pleno direito na Organização Internacional das Migrações, sinal do empenho da Igreja Católica neste campo:
“Tal testemunha o empenho da Santa Sé e da Igreja Católica ao lado da comunidade internacional na busca de soluções adequadas para este fenómeno que apresenta múltiplos aspetos, desde a proteção da dignidade das pessoas à preocupação pelo bem comum das comunidades que as recebem e daquelas de onde provêm”.
Uma saudação especial, reservou-a o Papa ao Sudão do Sul, constituído em Julho como Estado soberano. Referindo também as “tensões e confrontos infelizmente ali verificados nos últimos meses, Bento XVI fez votos de que “todos unam esforços para que se abra finalmente, para as populações do Sudão e do Sudão do Sul, um período de paz, de liberdade e de desenvolvimento”.
Alargando o horizonte a todos os países do mundo, o Santo Padre não pôde deixar de registar as sombras que se advertem neste momento:
“O momento atual é infelizmente marcado por um profundo mal estar, de que são dramática expressão as diversas crises: económicas, políticas e sociais”.A este propósito não posso deixar de mencionar, antes de mais, os graves e preocupantes desenvolvimentos da crise económica e financeira mundial”.
Uma situação que (sublinhou o Papa) não tocou apenas as famílias e as empresas dos países economicamente mais avançados, com repercussões sobre os jovens, mas afeta também a vida dos países em vias de desenvolvimento. Em lugar de desanimar, há que aproveitar a ocasião para adotar novas formas de empenho:“A crise pode e deve ser um estímulo para refletir sobre a existência humana e sobre a importância da sua dimensão ética, antes mesmo de o fazer sobre os mecanismos que governam a vida económica: não só para limitar as perdas individuais e das economias nacionais, mas para adotar novas regras que assegurem a todos a possibilidade de viver dignamente desenvolvendo as suas capacidades em benefício da comunidade no seu conjunto”.
Preocupado com o facto de serem os jovens os mais afetados pelos efeitos da incerteza do momento atual, com o desemprego e a falta de perspetivas para o futuro, Bento XVI mencionou expressamente a África do Norte e o Médio Oriente, onde os jovens lançaram – observou – “aquilo que se tornou num amplo movimento de revindicação de reformas e de participação mais ativa na vida política e social”. Embora reconhecendo a dificuldade de estabelecer já um balanço definitivo destes acontecimentos e suas consequências, o Papa exprimiu ainda assim um seu parecer:
“O otimismo inicial deu lugar ao reconhecimento das dificuldades deste momento de transição e mudança. Parece-me evidente que a via adequada para continuar o caminho empreendido passa pelo reconhecimento da dignidade inalienável de cada pessoa humana e dos seus direitos fundamentais. O respeito da pessoa deve estar no centro das instituições e das leis, conduzindo ao fim de toda a violência”.
Bento XVI advertiu contra o risco de que este movimento de solidariedade social degenere em mero instrumento para conservar ou conquistar o poder e convidou a comunidade internacional a concorrer para “a construção de sociedades estáveis, reconciliadas, opostas a toda a discriminação injusta, em especial de ordem religiosa”.Não faltou uma menção expressa da preocupação que suscita a situação na Síria, fazendo votos de uma se ponha termo à efusão de sangue e se empreenda um diálogo frutuoso entre as partes.Sobre a Terra Santa, congratulando-se com a iniciativa da Jordânia, levando a um encontro de representantes israelitas e palestinianos, Bento XVI reafirmou a necessidade de que “os dois povos tomem decisões corajosas e clarividentes que possam conduzir a “uma paz estável, que garanta o direito de ambos viverem em segurança em Estados soberanos, com fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas”.
Na parte final do seu discurso de início do ano aos Embaixadores, o Santo Padre recordou o tema do recente Dia Mundial da Paz – “educar os jovens para a justiça e para a paz”, sublinhando a importância e urgência desta tarefa , nestes tempos difíceis e delicados. Neste contexto, referiu amplamente o lugar que há que reservar à família e à defesa da vida, assim como às instituições educativas, onde a Igreja está bem presente. Uma obra educativa eficaz requer também – recordou o Papa - o respeito pela liberdade religiosa, na sua dimensão individual e coletiva. Um direito que se encontra muitas vezes limitado ou desprezado. Neste contexto, Bento XVI saudou expressamente a memória do ministro paquistanês Shahbaz Batti, cujo “infatigável combate pelos direitos das minorias” (disse) teve como desfecho uma trágica morte. Aliás não se trata de um caso único.
“Em muitos países os cristãos são privados dos direitos fundamentais e marginalizados da vida pública. Noutros casos, sofrem violentos ataques contra as suas igrejas e habitações. Por vezes são constrangidos a abandonar o país que ajudaram a construir, devido às contínuas tensões e a políticas que os relegam para espectadores secundários da vida nacional”.
Por outro lado, “noutras partes do mundo (denunciou o Papa), registam-se políticas tendentes a marginalizar o papel da religião na vida social, como se fosse causa de intolerância em vez de (reconhecer) a apreciável contribuição (que fornece) na educação para o respeito da dignidade humana, para a justiça e a paz”
O terrorismo religiosamente motivado ceifou, no ano passado, também numerosas vítimas, sobretudo na Ásia e na África. Por esta razão, como lembrei em Assis, os responsáveis religiosos devem repetir, com vigor e firmeza, que «esta não é a verdadeira natureza da religião. Ao contrário, é a sua deturpação e contribui para a sua destruição»
Quanto ao continente africano, a propósito da sua visita ao Benim, Bento XVI considerou “essencial que a cooperação entre as comunidades cristãs e os Governos ajude a percorrer um caminho de justiça, paz e reconciliação, de tal modo que sejam respeitados os membros de todas as etnias e religiões”. O Papa deplorou que tal não aconteça, por exemplo, na Nigéria (como indicam os atentados perpetrados contra várias igrejas no período natalício), nas sequelas da guerra civil na Costa do Marfim, na instabilidade que persiste na Região dos Grandes Lagos e na urgência humanitária nos países do Corno da África, pedindo à comunidade internacional que ajude a encontrar uma solução para a crise que perdura na Somália.
A concluir, uma alusão às “graves calamidades naturais que, ao longo de 2011, afectaram várias regiões do Sudeste asiático e os desastres ecológicos como o da central nuclear de Fukushima no Japão. “A salvaguarda do ambiente, a sinergia entre a luta contra a pobreza e a luta contra as alterações climáticas constituem áreas importantes para a promoção do desenvolvimento humano integral” – sublinhou o Papa, encorajando a comunidade internacional a “preparar-se para a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável («Rio+20») como uma autêntica «família das nações», ou seja, com grande sentido de solidariedade e responsabilidade para com as gerações presentes e as do futuro”.

Kassab propõe aliança com o PT em SP


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Clipping Jornalista Políbio Braga:

Gilberto Kassab ofereceu ao ex-presidente Lula um nome de seu partido, o PSD, para ser vice do petista Fernando Haddad na disputa pela Prefeitura de São Paulo, em outubro. A conversa ocorreu na semana passada, quando o prefeito paulistano visitou Lula no hospital Sírio-Libanês, onde ele passa por tratamento de radioterapia contra um câncer na laringe.

O novo gesto do prefeito tem potencial explosivo dentro do PT, que é um dos principais críticos da administração municipal.

.Kassab é um verdadeiro canalha que enganou milhares com a sua mudança para rumar para o colo do PT e ao mesmo tempo trabalhar por cargos com o PSDB de São Paulo. O PSD foi, no passado, o partido pelego de Getúlio Vargas, Kassab o ressucitou para ser o de Dilma.

.O neopeleguismo tem a cara e a alma (se é que essa permanece com o ser) de Gilberto Kassab.

Tea Party, prévias republicanas e Santorum

Meme: Colegial liberal

Memes são imagens famosas da internet combinadas com frases com sentido para a figura. Vejam o meme da "colegial liberal":

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domingo, 8 de janeiro de 2012

Ahmadinejad visita parceiros Cuba, Venezuela, Nicarágua e Equador nesta semana

Clipping Jornalista Políbio Braga:

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, saiu hoje de Teerã, a capital do país, rumo à América Latina, onde ficará quase uma semana. Ele desembarca primeiro em Caracas (na Venezuela), depois segue para Managua (na Nicarágua), Havana (em Cuba) e Quito (no Equador).

O iraniano viaja com uma comitiva de ministros e empresários do país. De acordo com assessores, Ahmadinejad pretende firmar parcerias e discutir questões econômicas e políticas. O Brasil está fora da agenda do iraniano na região.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Site da Revista Vila Nova vai ao ar!

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A revista Vila Nova surge a partir da idéia de três membros da Sociedade São Bento – também editores da mesma – que desejavam produzir uma publicação abrangente, a qual oferecesse ao leitor um jornalismo mais aprofundado acerca dos valores de sempre e dos fatos de hoje.

Tanto a preocupação em auxiliar a restauração cultural do Brasil, resgatando o conhecimento e a Fé que possibilitaram no Ocidente o maior florescer civilizacional da história; quanto o amor pela altiva Campina Grande – cidade paraibana valorosa e empreendedora – foram de grandiosa importância para que o projeto da revista Vila Nova se materializasse, mas, por outro lado, também favoreceu a isso a percepção da necessidade de uma revista conservadora de inspiração católica que, ao contrário de vasta parte da mídia brasileira, não seguisse uma agenda da esquerda e que firmasse acordo unicamente com a verdade.

.Um dos organizadores da revista é meu amigo Taiguara Fernandes de Sousa, que literalmente parou a cidade de Campina Grande/PB com a sua inauguração, com o "mero" detalhe que ela contou com a presença de Sua Altera Imperial e Real, Dom Bertrand de Orleans e Bragança.

.Para ver o site e inclusive ler a íntegra da primeira edição (disponível no site), CLIQUE AQUI.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

E porque as eleições daqui não são tão cativantes como as dos Estados Unidos?

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.Simples: aqui se vende político como se vende sabonete, e os marketeiros não descobriram a menor diferença entre os dois.

.Sabe quando um dos nossos candidatos vai dizer o que realmente pensa? NUNCA. Ninguém quer se molhar e todos querem ser vítimas de suas verdades.

O conservador católico que quer conquistar os Estados Unidos

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Simplório e posicionado em absolutamente todos os sentidos. Foi desta forma que Rick Santorum deixou de ser o coadjuvante das prévias republicanas que vão escolher o adversário do presidente americano Barack Obama. Em Iowa, Estado cristão, mas majoritariamente protestante, aquele que deseja ser o segundo presidente americano da religião católica (desde John F. Kennedy) aproveita a fama de conservador nos sentidos morais e econômicos para conquistar membros do Tea Party que se misturam entre cristãos de todas as naturezas mas com apenas um objetivo: valores naturais da pessoa humana. Impressionou, na última quarta-feira, este homem que até o momento era um dos coadjuvantes de uma iminente vitória de Mitt Romney ter sido separado deste por apenas 8 votos nas prévias. E agora ele segue para as prévias de New Hampshire, onde, aí sim, os católicos são a maioria dos cristãos.

Como Michelle Bachmann, candidata preferida do Tea Party ficou em último lugar das prévias de Iowa com míseros 5%, tendo entre todos os votantes cerca de 64% de membros do Tea Party, o movimento começa a apontar favoritos respeitando o princípio da prudência, isso é, a consciência de cada membro de votar naquilo que acha ser o melhor e moralmente mais valioso para sua pátria. Portanto, Bachmann desistindo, o Tea Party se mostra à procura de alguém para realmente representá-lo, e a tendência é deles (TP) atacarem Mitt Romney e Ron Paul, candidatos firmados mas com fama de não confiáveis (o primeiro inclusive por ter tido um episódio "de Dilma" e ter dito em certo momento apoiar o aborto e logo após ser pró-vida).

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Contanto, apesar de tudo apontar para Santorum, a Fox News não tem colaborado como tem feito com Romney e Paul. Pode existir uma explicação: Santorum é inserido na Ordem de Malta, e Murdoch, dono da emissora, é de religião judaica, dos quais não vêem a ordem milenária com bons olhos por supostos abusos nos tempos da antiga Terra Santa. Ademais, Rick tem forte relação com a Opus Dei, tendo viajado a Roma para celebrar o centenário do aniversário de São Josémaria Escrivá, algo que talvez tenha de ser superado em face dos pentecostais conspiratórios que insistem em colocar a Obra como uma espécie de sociedade secreta, o que está longe de ser.

Na noite desta quinta-feira, o candidato Santorum foi ainda mais longe para abocanhar o apoio do Tea Party, o que chocou inclusive os analistas políticos do programa "The Five" da Fox News, tendo afirmado (como está na imagem) que "os estados deveriam ter poderes para banir contraceptivos". Seria uma imagem para Paulo VI encher os olhos dos céus por ter sido fruto da Humanae Vitae, mas foi objeto de polêmica, daquelas que fazem os americanos levantarem do sofá e se encherem de orgulho pela sua liberdade de expressão. Teria sido melhor, não fosse dos cinco analistas, dois serem do sexo feminino e terem tido posições que contrariam Santorum, mas se adequam muito mais ao liberalismo centralizador do que o conservadorismo que a Fox News tenta conquistar.

Certo é que Rick Santorum vai de cabeça erguida a New Hampshire, e nada como ter um católico de verdade como presidente da maior potência do mundo. A Fox News aponta meros 6% para as prévias, baseadas em uma enquete de seu website, o que deixaria Santorum em último lugar, mas se pesquisas vencessem eleições não teríamos tido sequer segundo turno nas duas últimas eleições presidenciais brasileiras.  Como católicos, devemos orar para que esse milagre ocorra, e quem sabe não surja alguém com força para de fato enfrentar vivo as sociedades secretas que dominam a política internacional, assim como JFK?

Vale a pena conferir a vida e o trabalho de Rick Santorum em toda a sua vida no WIKIPEDIA.

Curso do Padre Paulo Ricardo - Marxismo Cultural e Revolução Cultural

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Esta é uma série de palestras que busca compilar, de forma sistemática, o tema do Marxismo Cultural que se encontra difuso em diversos vídeos e palestras no site padrepauloricardo.org. O intuito é o de apresentar a revolução cultural dentro da Igreja ou, melhor dizendo, um estudo sistemático das raízes da Teologia da Libertação e de sua atuação dentro da Igreja Católica.

Como reflexão teológica, o objetivo é o de identificar o que está acontecendo com a teologia e a maneira como o pensamento revolucionário está influenciando a forma de pensar a teologia, Deus, a Igreja e o sacerdócio. Porém, para se chegar à teologia é importante conhecer as raízes desta revolução, que se encontram na filosofia.

O curso também irá abordar a razão pela qual a expressão teologia da libertação não é mais tema de discussão. Na realidade, ela já domina hegemonicamente o pensamento da própria Igreja. E é exatamente para desmascarar esse domínio velado que este curso é apresentado aos assinantes do site Christo Nihil Praeponere.

16/01, às 14hrs - Twitaço #JMJ2013EuApoio

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Dois pré-candidatos republicanos à Casa Branca são católicos

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É verdade, caro leitor, e um deles, Rick Santorum, com chances reais de vencer o mórmon Mitt Romney, caso se mantenha superior nas próximas prévias contra o batista Ron Paul até o final das primárias em agosto. Outro católico, Newt Gingrich, aparece como uma possibilidade remota, que pode vir a se tornar realidade nas próximas prévias em New Hampshire, estado em que a maioria dos cristãos se afirma católica, bem ao contrário de Iowa, onde a grande maioria da população é cristã protestante.

Rick Santorum é advogado e considerado um conservador tanto no aspecto político social quanto no tributário. É pró-vida e opositor ao casamento de pessoas do mesmo sexo. Causou polêmica em 2002 quando afirmou que foi "foram o liberalismo e o relativismo moral na sociedade americana, particularmente em seminários", que contribuíram para os escândalos sexuais de padres católicos. Não obstante, rejeita a teoria (não exatamente comprovada) do aquecimento global, afirmando ser "uma bela e conhecida vergonha da política de esquerda" e "uma desculpa para que o governo controle a vida das pessoas". Rick e sua mulher, Karen Garver Santorum, são investidos da Ordem de Malta, costumam assistir missas em latim e em 2002 teriam viajado para Roma para o centenário do aniversário de São Josémaria Escrivá, fundador do Opus Dei.

Newt Gingrich é professor universitário, historiador, escritor, foi Presidente da Câmara Federal americana, mas desde 1999 apenas presta assistência política. É um nome muito influente dentro do Partido Republicano. Foi criado como luterano e se converteu ao catolicismo na visita do Papa Bento XVI aos Estados Unidos, em 2008. No passado, se divorciou duas vezes, ambas por conta de traições. Não é sequer conhecido em causas pró-vida e pró-família.

Assim ficaram os números da prévia do GOP (Great Old Party) em Iowa:

Mitt Romney 25% (30.015 votos)

Rick Santorum 25% (30.007 votos)

Ron Paul 21%

Newt Gingrich 13%

Não é mero corporativismo estarmos propagandeando candidatos católicos americanos, é distante de ser nossa intenção. Nosso objetivo é o de demonstrar o que simboliza um católico ser presidente dos Estados Unidos.

O único presidente americano católico eleito foi John F. Kennedy, e foi assassinado. Muitos afirmam que a razão disso teria sido sua posição forte e contrária às sociedades secretas, nas quais ele literalmente faz referência direta à influência, infiltração e intimidação provocada por essas sociedades, que tem a maçonaria como a maior presença no território americano. O discurso está abaixo:

Não se trata da religião, porém se trata da universalidade que vem da prática dessa religião.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Luiz Mott, promotor da pedofilia, afirma que a Inquisição perseguiu homossexuais

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Por que os homossexuais eram perseguidos?

Depois dos cristãos-novos judaizantes, os homossexuais foram os mais perseguidos pela Inquisição portuguesa: trinta homens "sodomitas" foram queimados na fogueira. Proporcionalente, os gays constituíram o grupo social tratado com maior intolerância por esse Mostrum Terribilem. Foram mais torturados e degredados que os outros condenados e, não bastasse, receberam as penas mais rigorosas. Metade foi condenada a remar para sempre nas galés del Rei.

.O texto completo, para os nossos leitores de estômago forte, está AQUI, graças ao José Octavio Dettmann.

.Como é de costume, Luiz Mott abre a boca em público para duas coisas: a primeira é a promoção do homossexualismo (e de quebra, no caso dele, da pedofilia), a segunda é inventar mentiras.

.Sim, de acordo com João Camilo de Oliveira Torres, no livro "Interpretação da realidade brasileira", a inquisição portuguesa perseguiu e discriminou judeus, sim. Não é novidade. Porém, ao decorrer do artigo percebe-se a invenção, sem qualquer critério científico de que os homossexuais eram condenados à fogueira ou ao apedrejamento, um verdadeiro absurdo.

.A inquisição portuguesa durou até o século XIX, junto com a espanhola foram as duas mais longas, mas as penas fixadas eram somente em relação à apropriação de bens, pois havia dos dominicanos (congregação que havia sido responsável pelo Ofício em ambos os países) uma interpretação errônea do mal do dinheiro, e não passou disso em Portugal.

.Quanto ao grupo social "homossexual", tal grupo não existia, porque a promoção gay, a proibição do tratamento a gays e nem mesmo a pedofilia praticada por Mott (que está sim mais relacionada ao desvio de conduta sexual grave do que com outras afirmações meramente retóricas) não existiam. Dizer que não haviam gays seria especulação forte, mas, como não existem registros históricos de sociológos sérios a respeito, de nada pode-se falar.

.Já, apresentando o sujeito, Luiz Mott é um dos redatores da PLC 122, mas é, ao mesmo tempo, um promotor da pedofilia, como pode-se constatar nos links abaixo:

Julio Severo - Luiz Mott: Pedofilia já!

Luiz Mott e a estátua de bebê pelado

Artigo: Um dia o mar vencerá o mundo, por Percival Puggina

Era um entardecer do último mês de outubro. Eu caminhava ao longo do Malecón habanero, nas proximidades da esplanada de concentrações que Fidel batizou de Tribuna Anti-Imperialista. Ia pensando sobre a batida constante e incessante do mar contra o conjunto formado pelos molhes, murada e calçadão que se desenrola ao longo de Habana Vieja, Vedado e Miramar, protegendo a cidade das ondas da Baía de Havana. "Um dia o mar vencerá o muro", pensava, observando a analogia entre a ação da natureza naquele local e o destino que, ao fim e ao cabo, terá a revolução dos Castro. O Malecón envelheceu e a revolução (que faz 53 anos hoje) está velha como velhos e encarquilhados estão os malfeitores que se apoderaram do país em 1959. Minhas meditações foram interrompidas. "What do you thing about Cuba?", perguntou alguém. Era um jovem, sentado sobre a murada. Falava com um sotaque hispânico. Sorri pela coincidência entre a indagação e os meus pensamentos.

"Penso que um dia o mar vencerá o muro", respondi metaforicamente em espanhol. Fui instado a esclarecer. Meu interlocutor era um cubano, jornalista em Los Angeles, que estava visitando os pais. Nossas observações coincidiam. Passados nove anos da minha última visita, eu retornava a Cuba curioso com as notícias sobre reformas modernizantes. Qual o quê! Tudo em Cuba piorara com o tempo e a sociedade estava tomada por visível melancolia. O próprio Malecón, que já vi fervilhante de turistas e gente da terra, estava dez anos mais deteriorado e expressava essas realidades na pequena afluência. Para aquele rapaz, que teve a sorte de conseguir sair "na boa" (o que lhe permitia retornar sempre que quisesse), a situação era tão deprimente quanto eu a via.

Relatei-lhe minhas observações e algumas coisas que já ouvira. "Cambios? No hay cambios!", asseguravam-me os cubanos com quem falara. E essa talvez fosse a fonte de todas as melancolias. Um dia era igual ao anterior, um ano igual ao anterior, e o próximo dia, assim como o próximo ano, serão iguais aos já passados. É como se o tempo transcorresse sem outro resultado que não fosse o de fazer estragos. Não há ladrão mais maldito do que o ladrão das esperanças do povo. E não há governo mais pernicioso do que o governo que impõe a todos, a ferro e propaganda, a obrigação de viver, no cotidiano, o pesadelo dos seus sonhos e o fracassado delírio das suas utopias.

Há em Cuba multidões de desocupados. Mesmo entre os que têm empregos não há o que fazer e a tarefa de consertar velharias caseiras talvez seja a que envolve maior tempo de trabalho efetivo no país. Mas isso não vale para os belos prédios da antiga Pérola do Caribe. Como ninguém cuida das coisas sem dono, a parte antiga de Havana lembra as imagens da cidade de Dresden em 1945 após o ataque aéreo dos aliados.

As demissões projetadas para o setor público - 1 milhão de trabalhadores - não aconteceram porque os comitês que tratariam disso não se entendem. As atividades abertas à iniciativa privada não encontram clientela porque a sociedade tem baixíssima renda familiar média. É quase nada o que se pode fazer com salários socialistas de 15 dólares por mês. Constrange saber que autoridades brasileiras, periodicamente, vão soluçar sua nostalgia revolucionária nos ombros de Fidel Castro. Que Deus os perdoe, mas eles sabem o que fazem.

Prêmio recebido pelo blog Dom Vobiscum

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.É uma honra já ter nosso trabalho reconhecido em sua volta.