terça-feira, 15 de novembro de 2011

Respondendo a um comentário

"'Dai a César o que é de César... 'Esses assuntos são muito polêmicos, os Católicos devem se envolver enquanto defensores da dignidade humana, porém sou contra religiosos da politica, a maioria usa da boa fé das pessoas para conseguir um "cargozinho", não sei ate onde eu coloco a minha mão no fogo. O Pe. José Augusto falou enquanto cidadão e homem de fé, não acusou baseado em 'alianças'."

.Caro visitante, compreendo sua posição e, apesar de achá-la extremamente errada, a respeito. Vou deixar que o próprio Catecismo demonstre com suas palavras porque é dever dos Católicos procurar, não somente a dignidade da pessoa humana, mas o bem comum social através da política, que é o seu maior promotor, verbis:

1905. Em conformidade com a natureza social do homem, o bem de cada um está necessariamente relacionado com o bem comum[grifo nosso]. E este não pode definir-se senão em referência à pessoa humana:

«Não vivais isolados, fechados em vós mesmos, como se já estivésseis justificados; mas reuni-vos para procurar em conjunto o que é de interesse comum[grifo nosso]» (26).

1910. Se cada comunidade humana possui um bem comum que lhe permite reconhecer-se como tal, é na comunidade política que se encontra a sua realização mais completa[grifo nosso]. Compete ao Estado defender e promover o bem comum da sociedade civil, dos cidadãos e dos corpos intermédios[grifo nosso].

1912. O bem comum está sempre orientado para o progresso das pessoas[grifo nosso]: «A ordem das coisas deve estar subordinada à ordem das pessoas, e não o inverso» (31). Esta ordem tem por base a verdade, constrói-se na justiça e é vivificada pelo amor.

1915. Os cidadãos devem, tanto quanto possível, tomar parte activa na vida pública[grifo nosso]. As modalidades desta participação podem variar de país para país ou de uma cultura para outra. «É de louvar o modo de agir das nações em que, em autêntica liberdade, o maior número possível de cidadãos participa nos assuntos públicos»[grifo nosso] (33).

1924. O bem comum abrange «o conjunto das condições sociais que permitem aos grupos e às pessoas atingir a sua perfeição[grifo nosso], do modo mais pleno e fácil» (37).

1926. A dignidade da pessoa humana implica a busca do bem comum[grifo nosso]. Cada qual deve preocupar-se em suscitar e sustentar instituições que melhorem as condições da vida humana[grifo nosso].

26. Pseudo Barnabé, Epistula, 4, 10: SC 172, 100-102 (Funk 1, 48).
31. II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 26: AAS 58 (1966) 1047.
33. II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 3162: AAS 58 (1966) 1050.
37. II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 26: AAS 58 (1966) 1046.

.Como você pode ver, a dignidade da pessoa humana, por si, não se defende, pois a sua prática e sua contemplação são meios para se atingir o bem comum. Cada católico reconhecendo a importância disso e principalmente a sua militância na política poderia causar uma transformação verdadeira em seu meio social, como ocorreu com a democracia cristã no pós-guerra italiano e alemão.

.Ademais, uma vez ouvi de um sacerdote em uma homília: "César também não pertence a Deus?". Obviamente que sim, tudo pertence a Deus! Se César não fosse da importância que é para o bem comum das pessoas e da sociedade em que elas estão inseridas, certamente Cristo não daria a este a estima que deu de que devemos pagar nossos impostos (mesmo que houvesse grande corrupção entre os cobradores de impostos da época).

.Ademais, vou colar a parte "Quem somos nós?" do lado da página para que você entenda melhor:

"Somos um grupo de católicos não satisfeitos com a avareza de políticos que ganham o voto da comunidade católica mas que não defendem a moral cristã[grifo nosso]. Igualmente, nos fazemos indignados com os meios de comunicação e sacerdotes católicos que remetem apoio e promoção a essas pessoas."

.É justamente para combater católicos que fazem carreira dentro da política e que nela entram para que sejam criados cargos inúteis e o Erário Público os sustente que o site foi criado. O caso Edinho Silva na Canção Nova, após o Gabriel Chalita, foi a gota d'água. Nossa pretensão não é somente denunciar, pois a mera denuncia nos colocaria na posição de escandalosos, mas sim de também promover candidatos que sejam católicos, já que muitos destes sequer buscam financiamento para suas campanhas para não manterem compromissos que não poderiam cumprir com a iniciativa privada (em razão de seu papel de representante do povo), e por isso muitas vezes não se elegem.

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